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A criação e produção é do “UMCOLETIVO” com dramaturgia de Ricardo Boléo, a partir d'“A Paz”, de Aristófanes, da obra jornalística e poética de Maria João Carvalho, de “Nea Kavala, Nea Kavala”, de Frederico Martinho e de entrevistas a refugiadas, madrinhas e enfermeiras de guerra.
“Sabemos da guerra porque a bala guardada nos corpos mortos, nos corpos mutilados, nos corpos doentes dos homens é cuidada por mulheres. Mulheres que redesenham o mapa dos estilhaços nos seus corpos, longe mas íntimos, de outros combates. Mulheres que lutam com os pesadelos, com os silêncios e com as dores. Mulheres que clandestinamente pensam na morte e tragam os gomos de uma laranja, comendo um poema de vísceras e paz. A Paz é a Paz é sobre estas mulheres. É um Teatro de Guerra que começou na vida da jornalista e poeta Maria João Carvalho para logo abraçar a Guerra Colonial, nos braços das suas madrinhas, e pensar na Ucrânia e na Palestina. A Guerra, afinal, é a Guerra. E para lá da ausência de frutos nas árvores, de cães e gatos nas ruas, para lá da ausência de pão e tecto, acendem-se poemas como estrelas. A Paz é a Paz é um espetáculo de rescrita d'A Paz, de Aristófanes, afirmando-a como uma tragédia que coloca o público frente-a-frente, corpo-a-corpo, olhos-nos-olhos, entre o conflito e o poema, tacteando a espessura da paz entre os escombros”. © NCV
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