A UGT Portalegre aprovou por unanimidade na última reunião do seu Secretariado distrital uma moção que enaltece o novo passe ferroviário verde e aguarda comboios com novos horários.
“Queremos e temos o direito de ter serviços condignos e adequados ao dispor e de podermos usufruir deles utilizando este novo passe ferroviário”, refere uma fonte da UGT regional.
Esta Moção – que a seguir publicamos - não inclui qualquer referência à eventual reativação do Ramal de Cáceres e foi enviada às entidades responsáveis, entre as quais o Ministro das Infraestruturas e Habitação, o Ministro da Coesão Territorial, aos Deputados eleitos pelo distrito e Grupos Parlamentares na Assembleia da República, a CCDR Alentejo, a CIM Alto Alentejo, às Câmaras Municipais abrangidas pela Linha do Leste e à CP - Comboios de Portugal. © NCV
Passe vem ao encontro das expetativas da UGTPortalegre
“A mudança radical é que agora é uma medida para o país todo”, explicou o Ministro das Infraestruturas e Habitação, “querendo mais pessoas a andar na ferrovia”, o que não poderia ir mais ao encontro das expectativas da UGT Portalegre, até no seguimento do que foi o tema do seu último Congresso distrital em 2023, apelando à “coesão com infraestruturas ferroviárias e rodoviárias adequadas”.
Aguardar aumento da circulação de combóios
Este novo passe, com um custo mensal de 20 euros, é uma muito boa oportunidade para a nossa região, e agora é só aguardar o aumento da circulação de comboios na estação de caminho de ferro de Portalegre, capital de distrito, que dista doze quilómetros do centro da cidade, e nas restantes estações da Linha do Leste no distrito, e com horários adequados que permitam, por exemplo, a deslocação de trabalhadores para outros destinos (benesses também do teletrabalho, que agradecemos), ou a Lisboa para pessoas que tenham marcadas consultas médicas ou mesmo transportar os nossos alunos deslocados para a sua semana de aulas.
De lisboa para Portalegre apenas de manhã
Vejamos, actualmente temos duas partidas de Portalegre para Lisboa, às 14h10 e às 19h42, com préstimos muito pouco entendíveis para estarem ao serviço dos cidadãos. Por outro lado, temos horários de regresso exclusivamente no período da manhã. Ou seja, na prática, estes horários servem quem queira visitar Portalegre e regressar no mesmo dia, talvez devido à dinâmica de turismo que a capital de distrito comporta, ou mesmo as restantes cidades, Elvas e Ponte de Sor, e vilas, mais do que serve as populações locais.
Para que nos vai servir o passe reduzido de 20 euros, se nos vemos obrigados a pernoitar, com os devidos custos, se tivermos a necessidade de nos deslocarmos, por exemplo, a Lisboa?
Reivindicamos que toda esta visão de utilidade ferroviária, na óptica de sermos cidadãos portugueses iguais a todos os outros (assim dita a Constituição da República), não de segunda, deverá ser rapidamente alterada.
Serviços condignos e adequados
Tal como os habituais merecedores das melhores atenções, queremos e temos o direito de ter serviços condignos e adequados ao dispor e de podermos usufruir deles utilizando este novo passe ferroviário. O que naturalmente obriga ainda a que, no caso de Portalegre, não sendo deslocalizada a Linha do Leste para junto da cidade, o que já reclamámos várias vezes para a zona industrial, e que traria garantidamente mais emprego, seja criada uma ligação rodoviária adequada à estação de caminho de ferro, tendo em conta os horários das viagens, e que a mesma fique à responsabilidade institucional e empresarial nacional, regional, distrital ou municipal”.
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