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| Fotos © CMC/NCV |
A construção das infraestruturas primárias do EAHFMC foi atribuída ao consórcio ibérico Agrupamento FCC Construcción e Alberto Couto Alves, e a obra foi adjudicada pelo valor de 64,99 milhões de euros.
Este projeto tem como objetivo assegurar o abastecimento de água potável, combater a desertificação da região, contribuir para a reconfiguração da produção energética, como também diversificar a atividade agrícola e atrair habitantes para esta zona demograficamente desfavorecida.
A construção da Barragem vai possibilitar a produção de cerca de 60% da energia dos consumos necessários do Alto Alentejo, segundo o presidente da CIMAA. A albufeira vai inundar cerca de 726 hectares e contará com a altura máxima de 54 metros, tendo uma capacidade de armazenamento de 116,2 hectómetros cúbicos.
A Barragem do Pisão é o mais avultado investimento inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com uma dotação de aproximadamente 141 milhões de euros e mais de 10 milhões previstos no Orçamento de Estado.
Presidiu o Secretário de Estado Hélder Reis
A cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, e contou com a presença do Presidente da CIMAA, Hugo Hilário, do Presidente da CCDR Alentejo, António Ceia da Silva, dos Deputados da Assembleia da República, Ricardo Pinheiro e Henrique Freitas, do Presidente da Assembleia Intermunicipal, António Albano, dos Presidentes e representantes dos Municípios do Distrito de Portalegre, da Presidente da Assembleia Municipal, Sandra Cardoso, dos Vereadores Pedro Coelho e Florinda Raposo, da Presidente da União de Freguesias de Crato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso, Ana Izabel Merêces, do Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, José Pimenta Machado, e diversos outros convidados.
Dois anos de trabalho até final de 2026
Joaquim Diogo, Presidente da Câmara Municipal do Crato, agradeceu a todos os autarcas do Alto Alentejo por terem aceite este desafio dizendo que “esta foi, é e será uma grande lição que os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo deram a todos”, destacando que “a partir de agora, com as máquinas no terreno, a construção seguirá o seu caminho, com dois anos de trabalho garantidos para que tudo esteja pronto no final de 2026. Depois de 70 anos de bloqueios e impossibilidades cumprimos história. A Barragem do Pisão será uma realidade no futuro do Alto Alentejo.”
“Masterplan” de uma nova aldeia do Pisão
O Autarca referiu também que a prioridade de todos os envolvidos neste projeto a partir desta altura passa para a construção da nova aldeia do Pisão, visto que a localidade ficará submersa pelo caudal da barragem, fica o compromisso de “apresentarmos o “Masterplan” de uma nova aldeia do Pisão, desenhada a partir dos contributos da população, para que quem ali vivia continue a gostar de morar no seu concelho, mantendo a ligação profunda à sua terra, que nos é característica.”
Já o Presidente da CIMAA, Hugo Hilário, referiu que este empreendimento vai “reforçar e garantir o abastecimento de água em 9 concelhos, vai permitir regadio a mais de 5 mil hectares, possibilitando a introdução de novas culturas, criando novas agroindústrias a partir daquelas que são as produções agrícolas e pecuárias deste nosso território. Para além disso, é um recurso com um potencial de aproveitamento turístico inquestionável.”
Helder Reis: “o começo de uma nova era para o Crato”
O Secretário de Estado do Parlamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, considerou que “não se trata apenas de um momento significativo para o Município do Crato, para o Distrito de Portalegre, para o Alto Alentejo ou para a região do Alentejo. Trata-se de um significativo momento para o país e para a Europa.” Referiu também que “este primeiro ato solene de assinatura do contrato para a construção das Infraestruturas Primárias no valor de quase 65 milhões de euros é apenas o começo de uma nova era de desenvolvimento e prosperidade para o Crato e para todos os municípios do Alto Alentejo”. © NCV
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