D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre e Castelo Branco |
No entanto, com ternura e simplicidade, tal como o contemplamos no presépio, Jesus não desiste de nós, continua a propor-se a todos como o caminho a verdade e a vida. E, na verdade, não há outro nome pelo qual possamos ser salvos (cf. At 4,12).
O Papa Francisco, falando desta sociedade líquida, cada vez mais narcisista e autorreferencial, anti coração, insiste na urgência de se recuperar o que é “importante e necessário: o coração”. Em vez de o desvalorizar, preferindo, sobretudo, conceitos como razão, liberdade e vontade, precisamos de “voltar ao coração”, de reconhecer o valor do amor, de falar e agir a partir do coração, de amadurecer e curar o coração. É no coração que a pessoa encontra “a fonte e a raiz de todas as suas outras potências, convicções, paixões e escolhas”. E o Coração de Jesus, também centro do seu ser e cheio de amor divino e humano, é “a mais alta plenitude que a humanidade pode atingir. É aí, nesse Coração, que finalmente nos reconhecemos e aprendemos a amar”.
Que neste Natal, cada pessoa, cada família, cada instituição e cada comunidade, sinta a beleza e o verdadeiro sentido do Natal de Jesus, se deixe envolver pelo seu amor e aceite o desafio do Papa Francisco para que se recupere e cure o coração, pois, se não tivermos amor, nada somos.
Feliz Natal para todos!
Feliz ano 2025, Ano Jubilar!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
17-12-2024.
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