9 de setembro de 2007

Quando os cidadãos são ouvidos...

O Governo acaba de chumbar o traçado da variante do IP2 em Estremoz, devido a «impactos negativos significativos». O percurso já tinha aliás sido criticado pela comissão responsável pela avaliação de impacto ambiental. Um assunto que também diz respeito a Castelo de Vide, pois quem passa por ali, quando segue para o Sul do País, perde uns minutos a atravessar esta cidade alentejana.
Um grupo de cidadãos que luta pela defesa do ambiente em Estremoz muito batalhou contra este traçado da variante.
Num tempo em que tanto se fala em Democracia participativa, sobretudo a nível das Autarquias, realçamos aqui as palavras do Presidente da Câmara Municipal de Estremoz José Alberto Fateixa, ele que é já um caso sério em termos de dinâmica no Poder Local. Pois o autarca está satisfeito com o facto do Governo ter ouvido os cidadãos, reclamando, no entanto, alternativas ao traçado do IP2.«Estou preocupado por não termos ainda solução, mas satisfeito por terem funcionado mecanismos onde os cidadãos colocaram as suas questões e foram ouvidos», explicou o Presidente Fateixa.
Pelo que se percebe, aqui por terras de Vide tudo funciona ao contrário e o cidadão não tem voz e se aparece a reivindicar algo é logo apelidado de perigoso Comuna ou interesseiro.
Como tudo poderia ter sido diferente na obra-prima do pontal da ribeira inventada da Póvoa...
Obrigado, Fateixa, pela lição e espírito de abertura que deixaste. Porventura não estarás interessado em fazeres girar este recanto do Alentejo do Norte? © José Rui Rabaça/NCV

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