“No Fim-de-Semana de 18 e 19 de Abril, a Juventude Popular (JP) escolheu a bonita vila de Castelo de Vide para reunir o seu órgão máximo entre Congressos, o Conselho Nacional, que juntou cerca de 100 jovens de todos os distritos do país. Entre outros temas, como o de abordar soluções para ultrapassar a crise, foram amplamente discutidos os problemas económicos e sociais que a interioridade do país atravessa, demonstrando assim um interesse real, e não meramente de retórica, pelos problemas que o distrito de Portalegre atravessa.
Na noite de Sábado, e após um jantar e uma saída nocturna, que muito dinamizou a minha querida Castelo de Vide, um grupo de adolescentes, muito menos de 20, filiados na JP, foram interpelados por um agente da PSP, à civil, que chamou a GNR, devido ao facto de um dos jovens ter nas mãos a bandeira do PS, que teria sido arrancada do seu sítio.
Sendo isto verdade, não posso deixar de criticar e lamentar este acto, em meu nome pessoal, da distrital de Portalegre e da Direcção Nacional da JP.
Como em tudo na minha vida, também na política me pauto por integridade e honestidade, nunca viria publicamente tentar desculpar o acto nem, muito menos, por subterfúgios, nega-lo ou omiti-lo. Para mim, os actos têm consequências, que devem ser assumidas, devo censurá-lo e pedir desculpas institucionais, em nome da JP à concelhia do PS de Castelo de Vide, o que faço publicamente através do presente comunicado. Para mim a diferença entre os Homens, e consecutivamente os políticos, não se faz entre quem erra e quem não erra, pois todos erramos, muitos não têm é a coragem e a grandeza para assumir o erro, sendo pequeninos e refugiando-se na mentira. Eu não sou assim, e como prezo a sinceridade e a verdade, assumo o erro de um filiado da JP, por ter sido feito durante um encontro nacional da mesma instituição, se bem que aquelas horas o Conselho Nacional não estava a decorrer, esse jovem não agiu em representação nem em nome da JP, agiu por sua própria iniciativa, quanto os vários Conselhos estavam por sua conta. Mas não posso admitir nem aceitar inverdades que acusam o jovem de se preparar para queimar a bandeira.
Porém, não posso deixar de lamentar que o PS tenha envolvido o nome do CDS-PP na polémica. O CDS-PP nada tem a ver com este acto. A JP é uma organização autónoma do partido, tem vida e estatutos próprios. Nunca um pai pode ser responsabilizado por erros de um filho maior. Não permitirei que o PS faça oportunismo político, em ano de eleições, daquilo que foi um acto isolado e que volto a repetir, em nada, mesmo nada, envolve o CDS-PP.
Por último queria deixar uma mensagem pessoal à presidente da concelhia do PS de Castelo de Vide. A JP não recebe lições de Democracia nem de Liberdade de ninguém, muito menos do PS, ao longo dos mais de 30 anos de existência, se houve coisa que a JP, e antes a JC, sempre fez foi a defesa e a apologia da Democracia, mas na prática e não meramente na retórica da palavra. Pois quando foi preciso dar a cara, e ir à luta pela Democracia a JP, ao tempo chamada JC, esteve lá, quer fosse em 1974, 1975, 1976 ou nos anos seguintes, não permitindo que outra ditadura, desta vez de esquerda, fosse instaurada em Portugal. Ao contrário do PS, que tem dado exemplos de paternalismo e de desrespeito pela liberdade, na JP embora ensinemos civismo a todos, não mantemos ninguém sob apertada vigilância, pelo que actos destes, infelizmente, podem acontecer. Entristecem-nos mas não nos envergonham, porque não são da responsabilidade da JP, mas da responsabilidade de quem os faz!
Por mim, esta polémica fica por aqui e não a alimentarei mais”.
António José de Moraes Baptista
Coordenador Distrital e membro da Comissão Política Nacional da JP
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