A
Presidente da CâmaraMunicipal de Nisa, Gabriela Tsukamoto, o seu
substituto legal e a bancada da CDU abandonaram ontem os trabalhos da
reunião da Assembleia Municipal e evitaram assim, nolimite e para
já, a votação de uma moção de censura subscrita pelas bancadas
do PS e do PSD.
Oepisódio
segue-se à reprovação do Orçamento para 2011, em reunião de
Câmara, a 22 de Dezembro, e a moção foi iniciativa do PS “a que
se juntou também o PSD”.
Segundo
um comunicado do PS de Nisa “oi demonstrada uma das maiores faltas
de sentido democrático alguma vez vista em Nisa nos últimos anos”.
“Numa
altura em que decorria a Assembleia Municipal, e se preparava a
votação do penúltimo ponto da Ordem de Trabalhos, a actual
Presidente da Câmara Municipal de Nisa resolveu ausentar-se da sala
onde decorria a sessão, chamando para a acompanhar também o seu
substituto legal, seguindo-se o apelo a todos os membros da
Assembleia Municipal da CDU”, refere o Comunicado da Concelhia do
PS.
“Mantendo-se
a maioria dos membros das outras forças políticas, a sessão teve
que ser suspensa devido à necessidade da presença obrigatória da
Presidente da Câmara ou do seu substituto legal”.
“Com
uma Moção de Censura subscrita por todos os elementos do PS e do
PSD, garantidamente aprovada por maioria nesta Assembleia Municipal,
os elementos da CDU conseguiram arranjar forma de que a mesma não
fosse votada, com um atitude só lembrando a boa maneira
estalinista”.
“Perante
acusações a que a Presidente da Câmara Municipal iria estar
sujeita, de “falta de visão global, o abandono, o despesismo ou a
desresponsabilidade a que este concelho foi votado”, os elementos
da CDU, mas principalmente a Presidente da Câmara, resolveram deixar
uma muito má imagem, arrogante, irresponsável, de falta de
humildade, falta de ética e de sentido democrático em final de
2010, não respeitando os votos de quem os elegeu nas últimas
eleições autárquicas”.
“O
Partido Comunista, gerente da Câmara Municipal de Nisa desde 1982,
demonstra assim que o seu “reinado” deu definitivamente as
últimas e que não resta outra alternativa à actual Presidente da
Câmara de pedir a demissão da gestão do Município” - sublinha o
mesmo comunicado.
O
texto da Moção de Censura
“Esta
Moção é principalmente de indignação.
A
Presidente da Câmara Municipal de Nisa não cumpre as funções para
que foi eleita. Não respeita as decisões dos órgãos políticos do
concelho.
Na
Câmara Municipal, a Presidente da Câmara revela trabalhar de
improviso, contrariando o rigor e a transparência que devem presidir
ao planeamento responsável e sério que deve existir na abordagem de
matérias como as Grandes Opções do Plano ou o Orçamento. Na
Assembleia Municipal transmite desnorteio, não respeitando os
eleitos locais nem cumprindo os prazos estabelecidos na Lei, ou não
cumprindo com o devido pagamento estabelecido por Protocolo ou não
às Juntas de Freguesia.
Não
permite que os eleitos locais exerçam condignamente as suas funções.
O
concelho de Nisa encontra-se na sua pior condição das últimas
décadas. Está à vista de todos os cidadãos deste concelho a falta
de visão global, o abandono, o despesismo ou a desresponsabilidade a
que este concelho foi votado. Um concelho que não tem marcas de
desenvolvimento, mas recebe continuamente marcas de influência, que
resultam no bem-estar só de alguns, fazendo bater no fundo todas as
boas possibilidades de progresso que este concelho merecia.
Também
devido a isso, e de forma responsável, em reunião de Câmara, a
oposição rejeitou a proposta apresentada de Orçamento para 2011,
que basicamente iria servir para pagar dívida ou honrar compromissos
de dívida, não sobrando nada para investimento. Não vale a pena
referir os habituais aumentos de receita feitos por Despacho.
O concelho de Nisa não tem
necessidade de uma gestão tipo mercearia, daí a subscrição da
presente Moção de Censura”.
(Subscrita por todos
os membros do PS e do PSD em maioria na Assembleia Municipal de Nisa)
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