Ourém, Terras de Bouro,
Óbidos, Marvão e Castelo de Vide. São locais que não seriam
esperados nos tops turísticos portugueses. Mas estão lá. Pela
oferta de alojamento, pelo número de visitas, pela importância do
turismo na economia local.
Estão naturalmente
atrás dos campeões habituais: o Algarve, a Madeira e as cidades de
Lisboa e do Porto. Mas merecem destaque no Retrato Territorial de
Portugal, ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística.
Ourém tem o Santuário
de Fátima. Terras do Bouro está numa ponta do Parque Nacional da
Peneda-Gerês. Óbidos e Castelo de Vide são duas pérolas do
passado muralhado de Portugal. Estes quatro concelhos estão entre os
19 com maior capitação de capacidade hoteleira. Outros dez
concentram-se no Algarve e cinco são madeirenses. Conclusão
sugerida: "A par do turismo induzido por climas amenos, também
os factores naturais, religiosos e culturais são indutores de maior
oferta turística", lê-se no documento, que analisou a
valorização territorial dos destinos turísticos.
A constatação
estende-se à análise da "intensidade turística dos
territórios" - número de dormidas face à população
residente. "A capacidade de atracção turística dos
territórios assenta numa diversidade de recursos endógenos,
exclusivos ou conjuntos, de natureza arquitectónica, natural,
climática, de saúde, religiosa, cultural e de negócios".
Algarve e Madeira é onde há mais turistas por habitantes, seguidos
de Óbidos, Terras de Bouro, Lisboa, Ourém, Castelo de Vide e alguns
municípios açorianos.
Olhando para a
perspectiva económica, repete-se o mapa. Depois dos campeões,
Terras do Bouro, Povoação (Açores), Marvão, Castelo de Vide,
Mesão Frio (Douro) e Óbidos destacam-se no volume de negócios do
alojamento no total da actividade empresarial local. Junta-se-lhes S.
Pedro do Sul (termas e viticultura) nas melhores estatísticas do
emprego de locais no sector do turismo.
Ivete Carneiro/Jornal
de Notícias

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