10 de junho de 2011

Capoulas Santos pede apoio para agricultores
e alerta para uso de antibióticos em animais


"O surto infeccioso desencadeado na Alemanha coloca-nos perante um dos mais difíceis exercícios de gestão de crises de saúde pública de que há memória", afirmou Capoulas Santos no debate que teve lugar na passada terça-Feira, 7 de Junho, no Parlamento Europeu reunido em sessão plenária em Estrasburgo, sobre o surto da bactéria Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC). 
"Estamos perante uma enorme tragédia humana que inclui a perda de muitas vidas e que põe em perigo milhares de muitas outras e perante uma crise de confiança no consumo de alimentos básicos, com consequências económicas e sociais difíceis de prever", acrescentou.
Em presença do Comissário John Dalli, o Comissário Europeu responsável pela Saúde e Defesa do Consumidor, o eurodeputado e porta-voz dos Socialistas europeus para os temas agrícolas reivindicou uma resposta "rápida", "esclarecedora" e "eficaz" da parte das autoridades nacionais e comunitárias, de forma a colmatar as consequências nefastas que este incidente está a ter, referiu, "sobre outro universo de vítimas inocentes - os produtores hortofrutícolas - responsabilizados de forma precipitada e injusta e que viram os seus rendimentos e o seu futuro seriamente ameaçados".
Por fim, Capoulas Santos reiterou a necessidade de agir preventivamente, referindo a importância de reforçar os mecanismos de controlo e vigilância do uso de antibióticos em animais e, por outro lado, através da futura PAC, redireccionando os apoios para a produção sustentável e de qualidade.
No mesmo dia a Comissão Europeia anunciou uma ajuda de 150 milhões de euros, montante que foi alvo de forte contestação por parte de diferentes Estados-membros, incluindo Portugal, por se basear num cálculo destinado a cobrir apenas 30% dos preços de referência. As autoridades europeias vieram posteriormente a anunciar um valor de 210 milhões de euros para o plano de urgência, a ser discutido pelos peritos do Estados-membros a 14 de Junho, que deverá assim indemnizar os produtores europeus de alface, tomate, pepino, courgettes e pimentos até 50% das perdas, valor que pode ascender a 70% no caso das organizações de produtores. © NCV

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