"O
surto infeccioso desencadeado na Alemanha coloca-nos perante um dos
mais difíceis exercícios de gestão de crises de saúde pública de
que há memória", afirmou Capoulas Santos no debate que
teve lugar na passada terça-Feira, 7 de Junho, no Parlamento Europeu
reunido em sessão plenária em Estrasburgo, sobre o surto da
bactéria Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC).
"Estamos
perante uma enorme tragédia humana que inclui a perda de muitas
vidas e que põe em perigo milhares de muitas outras e perante uma
crise de confiança no consumo de alimentos básicos, com
consequências económicas e sociais difíceis de prever",
acrescentou.
Em
presença do Comissário John Dalli, o Comissário Europeu
responsável pela Saúde e Defesa do Consumidor, o eurodeputado e
porta-voz dos Socialistas europeus para os temas agrícolas
reivindicou uma resposta "rápida", "esclarecedora"
e "eficaz" da parte das autoridades nacionais e
comunitárias, de forma a colmatar as consequências nefastas que
este incidente está a ter, referiu, "sobre outro universo de
vítimas inocentes - os produtores hortofrutícolas -
responsabilizados de forma precipitada e injusta e que viram os seus
rendimentos e o seu futuro seriamente ameaçados".
Por
fim, Capoulas Santos reiterou a necessidade de agir preventivamente,
referindo a importância de reforçar os mecanismos de controlo e
vigilância do uso de antibióticos em animais e, por outro lado,
através da futura PAC, redireccionando os apoios para a produção
sustentável e de qualidade.
No
mesmo dia a Comissão Europeia anunciou uma ajuda de 150 milhões de
euros, montante que foi alvo de forte contestação por parte de
diferentes Estados-membros, incluindo Portugal, por se basear num
cálculo destinado a cobrir apenas 30% dos preços de referência. As
autoridades europeias vieram posteriormente a anunciar um valor de
210 milhões de euros para o plano de urgência, a ser discutido
pelos peritos do Estados-membros a 14 de Junho, que deverá assim
indemnizar os produtores europeus de alface, tomate,
pepino, courgettes e
pimentos até 50% das perdas, valor que pode ascender a 70% no caso
das organizações de produtores.
©
NCV
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