A
AREANATejo efetuou o mapeamento biomássico para 9 concelhos do Alto Alentejo
numa perspetiva de demonstrar a oportunidade de valorização energética da
biomassa residual da região através da instalação de uma central
biotermoelétrica. Os concelhos abrangidos foram os de Alter do Chão, Arronches,
Avis, Castelo de Vide, Crato, Monforte, Marvão, Portalegre e Sousel.
Este
trabalho foi desenvolvido no âmbito do Projeto ALTERCEXA – Medidas de Adaptação
e Mitigação das Alterações Climáticas através da promoção das Energias
Renováveis nas regiões do Centro, Extremadura e Alentejo, aprovado no âmbito do
POCTEP – Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Portugal – Espanha
2007-2013.
Verificou-se
que as zonas com maior potencial de produção de resíduos se encontram bastante
dispersas, distribuindo-se pelos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato,
Portalegre e Marvão. Nestas zonas predominam espécies como o sobreiro, o
eucalipto e o pinheiro bravo.
As
estimativas obtidas apontam para um potencial total de produção de resíduos
agrícolas e florestais de 44.000 toneladas/ano de resíduos passíveis de serem
explorados e utilizados para a produção de energia elétrica, constituindo um
importante recurso estimado em cerca de 44 GWh/ano.
A
metodologia utilizada recorreu a um Sistema de Informação Geográfica (SIG),
tendo os resultados deste trabalho sido apresentados na Quinta dos Olhos d’Água
(Marvão), na presença dos Associados da AREANATejo, da ESTG-IPP, do CBE –
Centro de Biomassa para a Energia (Eng.ª Piedade Roberto e da Eng.ª Cláudia
Sousa) e da Coordenadora do Projeto ALTERCEXA (Patrícia Mora). Podem igualmente
ser consultados AQUI.
Carta da Energia do Norte Alentejo
Os
dados deste Mapeamento Biomássico foram ainda integrados na Matriz Energética
Dinâmica, ferramenta de importante utilidade tanto para os Municípios como para
os intervenientes nas tomadas de decisão em termos de planeamento estratégico,
dado demonstrar o desempenho energético da região, caracterizando e
quantificando os consumos energéticos, por sector (doméstico, indústria,
agricultura) e por tipo (energia elétrica, combustíveis), permitindo a
identificação das intervenções prioritárias a nível local (Município) e/ou
regional para o cumprimento das metas nacionais e europeias nas temáticas
energético-climáticas.
Após a integração dos dados do mapeamento biomássico na Carta da Energia, o próximo passo consistirá na integração dos resultados do mapeamento do potencial solar, eólico e geotérmico (em desenvolvimento pela AREANATejo por intermédio dos projetos RETALER II, EoloNaMT e PROMOEENER-A, respetivamente), tornando esta ferramenta numa verdadeira Carta da Energia: gestão da procura e da oferta de energia.
Após a integração dos dados do mapeamento biomássico na Carta da Energia, o próximo passo consistirá na integração dos resultados do mapeamento do potencial solar, eólico e geotérmico (em desenvolvimento pela AREANATejo por intermédio dos projetos RETALER II, EoloNaMT e PROMOEENER-A, respetivamente), tornando esta ferramenta numa verdadeira Carta da Energia: gestão da procura e da oferta de energia.
Esta
ferramenta, que contou com o financiamento do INALENTEJO, será integrada nos
Percursos Interpretativos do Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM),
nomeadamente no Percurso ENERGIA, tendo o “Observatório Regional para a
Energia” sido inaugurado na sede do PNSSM na Quinta dos Olhos d’Água (Marvão),
na presença dos representantes acima referidos e do Prof. Manuel Collares
Pereira (em representação do recém-criado IPES – Instituto Português de Energia
Solar) e do Eng.ª Augusto Costa e da Eng.ª Elsa Ramalho (em representação do
LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia). © NCV
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