24 de fevereiro de 2012

AREANATEJO anuncia conclusão do mapeamento
do potencial biomássico do Alto Alentejo


A AREANATejo efetuou o mapeamento biomássico para 9 concelhos do Alto Alentejo numa perspetiva de demonstrar a oportunidade de valorização energética da biomassa residual da região através da instalação de uma central biotermoelétrica. Os concelhos abrangidos foram os de Alter do Chão, Arronches, Avis, Castelo de Vide, Crato, Monforte, Marvão, Portalegre e Sousel.
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do Projeto ALTERCEXA – Medidas de Adaptação e Mitigação das Alterações Climáticas através da promoção das Energias Renováveis nas regiões do Centro, Extremadura e Alentejo, aprovado no âmbito do POCTEP – Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Portugal – Espanha 2007-2013.
Verificou-se que as zonas com maior potencial de produção de resíduos se encontram bastante dispersas, distribuindo-se pelos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Portalegre e Marvão. Nestas zonas predominam espécies como o sobreiro, o eucalipto e o pinheiro bravo.
As estimativas obtidas apontam para um potencial total de produção de resíduos agrícolas e florestais de 44.000 toneladas/ano de resíduos passíveis de serem explorados e utilizados para a produção de energia elétrica, constituindo um importante recurso estimado em cerca de 44 GWh/ano.
A metodologia utilizada recorreu a um Sistema de Informação Geográfica (SIG), tendo os resultados deste trabalho sido apresentados na Quinta dos Olhos d’Água (Marvão), na presença dos Associados da AREANATejo, da ESTG-IPP, do CBE – Centro de Biomassa para a Energia (Eng.ª Piedade Roberto e da Eng.ª Cláudia Sousa) e da Coordenadora do Projeto ALTERCEXA (Patrícia Mora). Podem igualmente ser consultados AQUI.
Carta da Energia do Norte Alentejo
Os dados deste Mapeamento Biomássico foram ainda integrados na Matriz Energética Dinâmica, ferramenta de importante utilidade tanto para os Municípios como para os intervenientes nas tomadas de decisão em termos de planeamento estratégico, dado demonstrar o desempenho energético da região, caracterizando e quantificando os consumos energéticos, por sector (doméstico, indústria, agricultura) e por tipo (energia elétrica, combustíveis), permitindo a identificação das intervenções prioritárias a nível local (Município) e/ou regional para o cumprimento das metas nacionais e europeias nas temáticas energético-climáticas.
Após a integração dos dados do mapeamento biomássico na Carta da Energia, o próximo passo consistirá na integração dos resultados do mapeamento do potencial solar, eólico e geotérmico (em desenvolvimento pela AREANATejo por intermédio dos projetos RETALER II, EoloNaMT e PROMOEENER-A, respetivamente), tornando esta ferramenta numa verdadeira Carta da Energia: gestão da procura e da oferta de energia.
Esta ferramenta, que contou com o financiamento do INALENTEJO, será integrada nos Percursos Interpretativos do Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM), nomeadamente no Percurso ENERGIA, tendo o “Observatório Regional para a Energia” sido inaugurado na sede do PNSSM na Quinta dos Olhos d’Água (Marvão), na presença dos representantes acima referidos e do Prof. Manuel Collares Pereira (em representação do recém-criado IPES – Instituto Português de Energia Solar) e do Eng.ª Augusto Costa e da Eng.ª Elsa Ramalho (em representação do LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia). © NCV

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