No caminho para a Melriça encontra-se um rochedo pontiagudo apelidado “Cancho dos Anjinhos” pelas gentes de Castelo de Vide, que era protagonista de uma partida que se pregava às crianças décadas atrás. Muitos foram os que bateram com a cabeça na rocha com toda a força para “ouvir os anjinhos cantar”.
Amândio Busca, de 71 anos, viveu nessa zona e ainda se lembra do ridículo da situação. “Eram os nossos pais e pessoas mais antigas que nos diziam para bater com a cabeça que ouvíamos os anjinhos. E caíamos todos!”. Tinha apenas 5 anos quando caiu na partida pela primeira vez, quando ia a caminho da vila com os pais. “Aquilo doía! Os gaiatos mais velhos também nos mandavam fazer e depois fazíamos o mesmo aos outros”, conta.
Amândio Busca, de 71 anos, viveu nessa zona e ainda se lembra do ridículo da situação. “Eram os nossos pais e pessoas mais antigas que nos diziam para bater com a cabeça que ouvíamos os anjinhos. E caíamos todos!”. Tinha apenas 5 anos quando caiu na partida pela primeira vez, quando ia a caminho da vila com os pais. “Aquilo doía! Os gaiatos mais velhos também nos mandavam fazer e depois fazíamos o mesmo aos outros”, conta.
Também Manuel Mimoso, de 78 anos, caiu na partida, vinda de uma prima da sua avó. “Estava com a minha prima, que até era ceguinha e fomos por ali. Ela dizia que se ouviam os anjinhos a cantar. E bati lá com a cabeça, mas nunca os ouvi”, relata.
Apesar destas memórias, ninguém sabe ao certo quando começou esta partida, nem conhece qualquer explicação.
Susana Serra
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