Chegou
ao conhecimento do Bloco de Esquerda a crescente dificuldade de
acesso a cuidados médicos especializados prestados em hospitais do
SNS por parte das/os doentes que vivem no Alentejo. Esta situação
encontra-se agravada devido ao facto de vários serviços
hospitalares da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) recusarem
receber estes doentes.
De
facto, muitas/os utentes do Alentejo deparam-se com a ausência de
consultas de especialidade nas proximidade das zonas onde residem,
vendo-se forçadas/os a recorrer a serviços em zonas mais distantes.
Ora, consoante a zona de residência, há utentes para os quais é
conveniente ir a Évora mas, para muitos outros, é mais perto
deslocarem-se para a zona de LVT. No entanto, os serviços médicos
de LVT não se têm demonstrado disponíveis para atender as/os
utentes do Alentejo em consultas de especialidade. Parece-nos
essencial que os serviços médicos do Alentejo sejam dotados de
meios para poderem desempenhar as suas funções. A escassez de
recursos no Alentejo é notória, registando-se falta de médicas/os
especialistas, falta de pessoal administrativo, falta de
enfermeiras/os e falta de médicas/os de família (cerca de 18 mil
utentes não têm médica/o de família). A estes fatores acresce o
encerramento de cinco extensões de saúde, em Santiago do Cacém e
Odemira, o que obriga muitas/os utentes a deslocarem-se ainda mais
para poderem ter uma consulta, isto numa zona do país onde os
transportes públicos são deficitários e, em algumas localidades,
são mesmo inexistentes.
Face
ao exposto, o Bloco de Esquerda considera fundamental que sejam
providenciadas condições para que as/os utentes do Alentejo possam
aceder às consultas de especialidade de que necessitam em tempo
útil, o mais próximo possível da sua residência, nos hospitais do
SNS do Alentejo. Consideramos que esta situação carece de
intervenção urgente e receamos o seu agravamento se for avante o
plano de reestruturação do Hospital Garcia da Orta.
O
Bloco de Esquerda está preocupado com esta situação e exige
respostas por parte do Ministério da Saúde.
A
Comissão Coordenadora Distrital
Portalegre,
29 de Março de 2012
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