25 de abril de 2014

Exposição na Praça de Armas do castelo
mostra parte do importante espólio pessoal
doado em vida por Salgueiro Maia a Castelo de Vide

A exposição “Salgueiro Maia - apontamentos biográficos de um herói de Abril castelo-vidense” será solenemente inaugurada hoje, pelas 11 horas e 45 minutos, na Praça de Armas do castelo.

Seguir-se-á a cerimónia de assinatura da Carta de Compromisso entre a Câmara Municipal de Castelo de Vide, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e a Direcção Regional da Cultura-Alentejo para a criação do futuro Museu de Cidadania Salgueiro Maia, no qual serão integradas as peças agora expostas.
A exposição constitui uma mostra do espólio pessoal doado por Salgueiro Maia ao Município de Castelo de Vide. Entre as peças expostas figurará o célebre megafone com que em 25 de Abril, no Largo do Carmo, o então capitão Maia intimou Marcello Caetano a render-se e a entregar o poder às forças da democracia.
Natural de Castelo de Vide, onde nasceu em Julho de 1944, Fernando Salgueiro Maia sempre se sentiu profundamente ligado à terra natal. Pouco antes de falecer, com apenas 47 anos, em Abril de 1992, Salgueiro Maia fez questão de doar ao Município de Castelo de Vide um importante espólio pessoal, constituído em grande parte por objectos ligados à sua carreira militar.
É uma sugestiva e ampla selecção desse espólio que a Câmara Municipal agora expõe, evocando os 22 anos da morte do herói de Abril e os 40 anos da revolução dos cravos. O uniforme e o ‘quico’ que Salgueiro Maia envergava no 25 de Abril são duas das mais emblemáticas peças incluídas na exposição, que ilustra uma carreira militar de três décadas pontuada por louvores e condecorações.
Outros uniformes, divisas, flâmulas, estandartes e pendões, insígnias, diplomas e louvores, documentos militares e fichas escolares, cartazes, fotografias e uma interessante colecção de miniaturas de carros de combate (a sua especialidade como oficial de Cavalaria e a sua grande paixão profissional) enriquecem esta mostra, que reúne peças carinhosamente conservadas por Salgueiro Maia desde que entrou na Academia Militar como Cadete, em 1964, até falecer, nos primeiros dias de Abril de 1992, no posto de Tenente-Coronel.
Por sua vontade expressa, Fernando Salgueiro Maia foi sepultado no cemitério de Castelo de Vide, em campa rasa e ao som de “Grândola, Vila Morena”. © GCP/NCV

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