Fotografia de arquivo. |
Recorda-se que o imóvel está a ser alvo de obras de consolidação da cobertura por parte da entiade proprietária - a Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide – estando informalmente acordada a sua cedência ao Município para ali ser instalado um Centro Internacional de Ecologia de Ciências do Fogo (vd mais notícias AQUI). O edifíci recebeu muito recentemnente a visita do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.
A decisão desta classificação - que abrange apenas a igreja e não a parte restante do imóvel - foi tomada após audiência esrita dos interessados e audiência prévia da Câmara Municipal de Castelo de Vide, e o documento fixa a habitual “zona especial de proteção” delimitada na planta que junto publicamos.
A classificação da Igreja de Santo Amaro ou Igreja da Misericórdia de Castelo de Vide “reflete os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho simbólico ou religioso, à sua conceção arquitetónica e ao seu valor estético, técnico e material intrínseco”.
Por outro lado, “a zona especial de proteção (ZEP) tem em consideração a implantação do imóvel, totalmente integrado na malha edificada de Castelo de Vide, e a sua fixação visa assegurar a salvaguarda do mesmo neste contexto urbanístico, garantindo o seu enquadramento e as perspetivas da sua contemplação”.
“Testemunho valioso da expressão erudita do barroco alentejano”
O preâmbulo do portaria de Jorge Barreto Xavier em apreço recorda que “a atual Igreja de Santo Amaro de Castelo de Vide é resultado da reconstrução oitocentista de uma pequena ermida da mesma invocação, erguida em 1494 num arrabalde da vila, e cuja posse passou em 1534 para a Santa Casa da Misericórdia local, fundadora do hospital anexo”.
“Progressivamente absorvida pelo casario, a igreja veio a tornar-se um dos elementos definidores e consolidadores do núcleo urbano”, adianta o mesmo texto.
“Na grande mole do edifício destaca-se de imediato o volume da lanterna do cruzeiro, com elegante cúpula octogonal, que constitui o elemento arquitetónico de melhor qualidade do imóvel. A austera fachada barroca, rasgada por singelo portal apilastrado, contrasta com o interior, de grande riqueza decorativa, onde se incluem o belo retábulo de alvenaria pintada do altar-mor, a imitar talha, e os diversos marmoreados e estuques decorativos”.
“O domínio técnico exibido, a qualidade da construção, o equilíbrio de proporções, a solução do zimbório do cruzeiro e a riqueza da ornamentação, reveladores da influência direta da arte joanina de patrocínio régio, fazem deste templo um testemunho valioso da expressão erudita do barroco alentejano”. © NCV
O preâmbulo do portaria de Jorge Barreto Xavier em apreço recorda que “a atual Igreja de Santo Amaro de Castelo de Vide é resultado da reconstrução oitocentista de uma pequena ermida da mesma invocação, erguida em 1494 num arrabalde da vila, e cuja posse passou em 1534 para a Santa Casa da Misericórdia local, fundadora do hospital anexo”.
“Progressivamente absorvida pelo casario, a igreja veio a tornar-se um dos elementos definidores e consolidadores do núcleo urbano”, adianta o mesmo texto.
“Na grande mole do edifício destaca-se de imediato o volume da lanterna do cruzeiro, com elegante cúpula octogonal, que constitui o elemento arquitetónico de melhor qualidade do imóvel. A austera fachada barroca, rasgada por singelo portal apilastrado, contrasta com o interior, de grande riqueza decorativa, onde se incluem o belo retábulo de alvenaria pintada do altar-mor, a imitar talha, e os diversos marmoreados e estuques decorativos”.
“O domínio técnico exibido, a qualidade da construção, o equilíbrio de proporções, a solução do zimbório do cruzeiro e a riqueza da ornamentação, reveladores da influência direta da arte joanina de patrocínio régio, fazem deste templo um testemunho valioso da expressão erudita do barroco alentejano”. © NCV
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