28 de abril de 2016

Conversas de Fim de Tarde:
“O Corço, espécie cinegética a introduzir no Parque Natural da Serra de S. Mamede?”

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"O Corço, espécie cinegética a introduzir no Parque Natural da Serra de S. Mamede?" foi o tema escolhido para as Conversas de Fim de Tarde, do dia 23 de Abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Para debater o assunto, foi convidado João Paulo Fonseca, doutorado em Biologia pelo Instituto Superior de Agronomia (Universidade de Lisboa).
De acordo com o orador, das três subespécies de corço existentes na Península Ibérica, o corço andaluz é o mais indicado para introduzir no Parque Natural da Serra de S. Mamede.
Com um crânio e mandíbulas mais largas, face às outras subespécies, permite adaptar-se melhor à flora existente na área, refere João Paulo Fonseca. A abundância de alimento revela-se um fator determinante na sua distribuição no espaço, uma vez que ingere proporções elevadas de rebentos e folhas de árvores. Devido ao elevado valor nutritivo que possuem, necessitam assim de consumir menor número de alimento, quando comparado com o veado.
Como impactos positivos para a sua introdução no Parque Natural: o aumento da biodiversidade local; ser uma presa do lince ibérico; a redução do risco de incêndio; o potencial aumento do turismo na região; e a diversificação da oferta cinegética.
Contudo, poderá ter alguns impactos negativos: estragos em culturas agrícolas e povoamentos florestais; importação e transmissão de doenças e parasitas de outros ungulados; e aumento das colisões com viaturas na rede viária.
Para uma boa introdução do corço no Parque Natural é crucial a envolvência da população local, uma vez que a complexidade do projeto se revela maior ao nível social. © CMCV/NCV
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