A proposta municipal sobre o que fazer este fim-de-semana destaca o cartaz da tradicional recriação da desfolhada pelo Rancho Folclórico (Domingo às 16 horas no Lajeado) e sugere aos interessados “subir até ao Burgo Medieval de Castelo de Vide e conhecer um pouco da sua história” sobre o castelo, incluindo a Igreja de Nossa Senhora da Alegria e os antigos Paços do Concelho. Embora sem qualquer referência ao Dia Nacional dos Castelos celebrado ontem mesmo, as sugestões são acompanhadas de um texto e 3 fotos que a seguir se republicam.
“O que fazer no fim-de-semana? Porque não subir até ao Burgo Medieval de Castelo de Vide e conhecer um pouco da sua história.
O Castelo de Castelo de Vide
Feitas e desfeitas as fortificações medievais ao longo do séc. XIII, ao sabor dos interesses senhoriais que quase sempre brigavam com os interesses da coroa e também com os da população, que preferia ter como senhor o longínquo rei, levanta-se definitivamente o castelo, por iniciativa de D. Dinis, concluindo-se já no reinado de seu filho, Afonso IV, em 1327.
Foi assim que Vide passou a Castelo de Vide.
O castelo situa-se no canto S das fortificações medievais, que integram o primitivo burgo, constituindo as suas muralhas o prolongamento das da cerca urbana. Os muros desenham um polígono ligeiramente trapezoidal que apresenta a Torre de Menagem, de secção rectangular, no ângulo S, e, no tramo NO um cubelo que flanqueava o ângulo N do primitivo pátio.
A Torre de Menagem, maciça até ao nível do adarve, apresenta uma sala de planta octogonal com aljube cilíndrico descentrado e grandes janelas rectangulares.
As Portas da Vila, desalinhadas e em arcos quebrados, situam-se a SE, dando acesso à Rua Direita. Esta atravessa o velho burgo para sair no tramo oposto pelas Portas de São Pedro, também desalinhadas mas em arcos redondos. Uma rua perpendicular a esta dá acesso a duas portas secundárias, com arcos redondos, que se encontram emparedadas nos tramos SO e NE.
A Torre de Menagem apresentou-se esventrada durante muitos anos em resultado da explosão que a mutilou no ano de 1705, quando os espanhóis a ocuparam. Mais tarde, com o terramoto de 1755, voltou a sofrer danos.
Após várias intervenções, as obras de reconstrução da torre foram dadas como concluídas em 1978.
Está protegido como Monumento Nacional desde o Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910.
Igreja de Nossa Senhora da Alegria
Uma bonita igreja que está situada no terreiro da Nossa Senhora da Alegria lindíssimos.
Os azulejos de padrão da Igreja de Nossa Senhora da Alegria encontram-se aplicados no interior e também no exterior do edifício, numa manifestação rara da presença de elementos cerâmicos de padronagem sobre o portal principal e a envolver e a revestir o nicho com a imagem da padroeira do templo, ela própria em cerâmica com a legenda pintada no azulejo que lhe serve de plinto: N.S.DA / ALEGª / RIA.
Os Antigos Paços do Concelho
Num recanto da rua do Relógio encontra-se uma velha e pequenina casa de pórtico ogival, escada exterior e arco aberto, a ligar aquela rua com a rua do Balcão que se diz ter sido o primeiro Paço do Concelho, onde os Vereadores ditaram as regras e posturas municipais, nos séculos XIV e XV”. © CMCV/NCV
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