6 de novembro de 2017

Vereadores, dirigentes e eleitos do Partido Socialista ausentes da cerimónia de inauguração da obra Martinho - São José em sinal de protesto

“Como sinal de protesto os vereadores do Partido Socialista, e diversos dirigentes concelhios e eleitos locais do Partido Socialista, não estiveram presentes na Inauguração da Obra da entrada do Martinho - São José, dita de valorização da entrada norte da vila de Castelo de Vide”, referiram os vereadores do Partido Socialista, Tiago Fragoso Malato e Fernando Valhelhas em comunicado distribuído ainda ontem ao final da tarde.

“Este ato que decorreu durante todo o dia de hoje, e é dedicado à população, não substitui aquilo que não aconteceu e foi repetidamente solicitado pelos vereadores do PS desde o início do anterior Mandato”.

Sem envolver a população
No comunicado o Partido Socialista enumera detalhadamente as razões deste seu protesto, a saber:
“- O envolvimento da população e dos seus eleitos e a necessidade de apresentação e discussão pública da Obra, antes de se dar por fechado o projecto. Mais lembram os atuais Vereadores do PS conjuntamente com Paulo Morais, anterior Vereador, que o responsável pela equipa projectista, de fora do concelho, se prontificou em 2013 a fazer um workshop para o efeito, pois compreendeu que esta obra pública, era importante para todos, e por isso ganharia em incluir a população na suposta beneficiação de um espaço público de grande impacto. Nada disto aconteceu!”.
"Manteve-se sempre a dúvida"...
“- O Projecto transitou do último mandato de António Ribeiro;
- Foi alterado no decorrer do último mandato, sem que os vereadores o pudessem sequer discutir;
- Para tal o atual Presidente do Município desprezou, as solicitações sucessivas dos Vereadores, decidindo tudo sozinho ao abrigo das suas competências delegadas;
- Manteve-se sempre a dúvida do momento de aprovação do projecto, e em que mandato aconteceu.
- Manteve-se sempre a dúvida sobre as sucessivas alterações, por ordem direta do Presidente da Câmara”.
"Uma questão de estilo"
O resultado, está à vista. Não sendo uma questão de gosto é uma questão de estilo. Na forma de se decidir ultrapassando tudo e todos. Na forma de se decidir sem avisar, por exemplo, o derrube de árvores, por necessidade de obra. Na forma de agir sobre o espaço público que não é o Jardim do atual Presidente da Câmara. Na forma de se achar que é bastante em democracia inaugurar a obra com pompa e circunstância.
"Autocracia que reina" desprestigia a democracia
Por estes factos e tantos outros sucessivamente relatados, não podem os atuais e anteriores vereadores estar presentes nos atos e cerimónias de inauguração, pois que esta representa toda uma forma de funcionar, da autocracia que reina, que para os vereadores, desprestigiam a democracia e os valores de representação da “Coisa Pública”. © NCV

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