7 de julho de 2018

Festival Garcia d'Orta:
exposição “Goa entre a História e a Memória”
até 17 de Julho na Fundação Nª Sra da Esperança


“A exposição de fotografia “Goa entre a História e a Memória”, tenta, através da imagem, levar até Portugal o que Goa é hoje: um dos estados mais pequenos da Índia, guardião de um património extremamente rico e diverso”.
“Por Goa passaram várias culturas. A primeira dinastia que reinou em Goa foi a dos Bhojas, em 566 D.C., que por ali permaneceu durante 10 anos. Mas muitas outras dinastias chegaram a reinar o território de Goa, antes de Afonso de Albuquerque em 1510, nomeadamente as dinastias Shilahara, Kadambae Hoysalasal, o que permitiu que Goa entrasse na rota das especiarias, comércio de cavalos e de algodão”.
“Com a chegada dos portugueses, Goa ocidentalizou-se e daí, até hoje, a presença de igrejas, capelas e cruzeiros, que partilham o mesmo espaço com templos e mesquitas. Igual influência é sentida nos festivais organizados neste Estado. Lado a lado com os grandes festivais como o Ganesh Chathurti e o Diwali, celebram-se o Carnaval, o Natal e a Páscoa”.
“O vestuário também se deixou influenciar. Nas ruas cruzam-se trajes como o sari, salvar, kurtá, com outros ocidentais, vestidos saia ou camisa usados pela mesma comunidade”. 
“A gastronomia é igualmente variada. Num restaurante podemos encontrar naturalmente pratos indianos, outros tipicamente ocidentais, como também pratos de fusão em que uma receita original portuguesa é ajustada ao gosto local com ingredientes orientais, como é o caso da “feijoada”.
“É no mercado que podemos sentir melhor esta fusão. A par da variedade de produtos, de cores, de cheiros, também os sons do Konkani (língua materna), hindi, aqui e ali do português, marcam a diferença deste mercado em comparação com outros também indianos”.
“Todos estes aspectos fazem de Goa um estado único quando comparado com os da restante Índia”.
“Este pequeno conjunto de imagens tenta transportar de Goa a Lisboa alguns destes aspetos da cultura goesa”. 
“E agora chega a Castelo de Vide!”.

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