A situação meteorológica que irá condicionar o
território continental português é ainda muito incerta,
nomeadamente quanto à trajetória da depressão Leslie e aos efeitos
que a mesma produzirá em relação a vento, precipitação e
agitação marítima.
Espera-se que as condições dos estados do tempo
e do mar se agravem a partir das 19 horas de sábado, 13-10-2018,
atingindo-se o pico mais crítico entre as 00 horas e as 06 horas de
domingo, para o vento, as 01 horas e as 16 horas de domingo para a
precipitação, as 03 horas e as 12 horas de domingo, para a agitação
marítima.
O território continental português será afetado
muito provavelmente em toda a sua extensão geográfica, não sendo
possível ainda indicar com precisão as áreas de maior impacto dos
fenómenos meteorológicos.
É essencial recomendar especial cuidado com o
vento, por precaução, na medida em que, podendo soprar forte
nalgumas regiões, pode contribuir sobremaneira para a evolução
rápida dos incêndios rurais que venham a verificar-se.
Efeitos expectáveis
Face à situação acima descrita, poderão
ocorrer os seguintes efeitos:
· Danos em estruturas montadas ou suspensas;
· Possibilidade de queda de ramos ou árvores em
virtude de vento mais forte;
· Possíveis acidentes na orla costeira;
· Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos,
nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar
inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
· Piso rodoviário escorregadio e eventual
formação de lençóis de água e gelo;
· Possibilidade de cheias rápidas em meio
urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos
sistemas de drenagem;
· Possibilidade de inundação por transbordo de
linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
· Inundações de estruturas urbanas subterrâneas
com deficiências de drenagem;
· Fenómenos geomorfológicos causados por
instabilização de vertentes associados à saturação dos solos,
pela perda da sua consistência.
Medidas preventivas
A ANPC recorda que o eventual impacto destes
efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de
comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas
historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e
divulgação das principais medidas de autoproteção para estas
situações, nomeadamente
· Garantir uma adequada fixação de estruturas
soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas
suspensas;
· Ter especial cuidado na circulação e
permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a
possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais
forte;
· Ter especial cuidado na circulação junto da
orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a
galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes
locais;
· Não praticar atividades relacionadas com
o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios
à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito
próximos da orla marítima;
· Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas
pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser
arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
· Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo
especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de
lençóis de água nas vias;
· Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o
arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou
caixas de esgoto abertas;
· Estar atento às informações da meteorologia e às indicações
da Proteção Civil e Forças de Segurança.
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