A concelhia do Partido Socialista acaba de tornar pública a posição tomada pelos seus vereadores na reunião do Executivo do passado dia 20 de Março sobre a “alteração urbanística e estética da Fonte da Vila, Monumento Nacional”.
Manifestaram-se veementemente contra o “descerramento de um monumento pensado, desenhado e localizado na fonte da Vila pelo "Artista" e Presidente da Câmara António Pita”, a quem “não basta ser eleito para se ser artista escultor”.
“O presidente não foi eleito para andar a decorar abusada e ilegalmente, limitado pelas suas capacidades artísticas, o espaço público de Castelo de Vide”, acrescentam, sublinhando o desrespeito pela lei de proteção do monumento Fonte da Vila que exigiria parecer “da Direcção Regional de Cultura do Alentejo e posterior autorização da Direcção Geral do Património Cultural”, o que “não aconteceu”.
Cerimónia e homenagens “de enorme dignidade”
É o seguinte o teor integral dessa tomada de posição:
“Os Vereadores do Partido Socialista felicitaram o Município, na pessoa do senhor Presidente, pela excelente participação na comemoração do Discurso do Presidente da República Mário Soares e das consequências que este discurso teve junto da diáspora Sefardita. Foi uma cerimónia de enorme dignidade marcada pela excelência dos discursos proferidos”.
“Monumento pensado, desenhado e localizado” por António Pita
“Num segundo momento foram homenageados Carolino Tapadejo e Abraham Assor, atores da nossa história e promotores da cultura judaica, com o descerramento de um monumento pensado, desenhado e localizado na fonte da Vila pelo "Artista" e Presidente da Câmara António Pita”.
“Os vereadores do PS fizeram questão de separar as homenagens deste último facto, que repudiam veementemente. Não basta ser eleito para se ser artista escultor”.
“O presidente não foi eleito para andar a decorar abusada e ilegalmente, limitado pelas suas capacidades artísticas, o espaço público de Castelo de Vide”.
Desrespeito da lei
“Muito menos fazê-lo, no desrespeito da lei que se obriga a cumprir e a fazer cumprir. A Fonte da Vila é Monumento de Interesse Público. É necessário para o efeito, parecer da Direcção Regional de Cultura do Alentejo e posterior autorização da Direcção Geral do Património Cultural. Não aconteceu”.
“Um monumento evocativo é uma marca para a posterioridade. Este momento não é menor e por isso se deve acautelar que a decisão seja tomada dentro dos tempos necessários, com o máximo de rigor pensando em todas as implicações, nomeadamente paisagísticas, culturais e artísticas que acarreta. Porque é claro que a obra se quer eterna e que depois de inaugurada não pode em forma alguma ser removida”. © NCV
(subtítulos da responsabilidade da Redação)
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