Foto © CMM/NCV |
Após longos meses de trabalho intenso, foi formalmente entregue no passado dia 18 de Dezembro, na Comissão Nacional da UNESCO, em Lisboa, o dossier de candidatura das “Fortalezas Abaluartadas da Raia” a Património da Humanidade.
A candidatura do processo de classificação das “Fortalezas Abaluartadas da Raia” à Lista do Património Mundial foi conduzida, coordenada e preparada em estreita colaboração com as comunidades locais dos Municípios de Almeida, Elvas, Marvão e Valença, através dos seus representantes, com equipas multidisciplinares de distintas competências, e com a colaboração de investigadores e especialistas de várias instituições de ensino superior.
O Bem objeto da candidatura, materialmente importante pela extensão e pelos exemplares que a enquadram, é composto pela Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas (já classificada pela UNESCO em 2012) e pelas fortificações abaluartadas de Almeida, Marvão e Valença, centrando-se na existência de uma Raia evocadora de património cultural imaterial, corporizado no património construído, coerente e multiforme, das Fortalezas Abaluartadas - uma rede estruturada de povoamento que não se confina apenas ao interesse da defesa e correlativos aspetos militares.
A Candidatura apresenta-se em série, confinada à excelência de fortificações abaluartadas na fronteira de Portugal, mas tendencialmente aberta à agregação de outros exemplares similares.
Tratando-se de uma candidatura em série (pouco habitual e, em Portugal, a primeira desse tipo), implicou um inovador e aturado trabalho de articulação entre os diferentes parceiros, resultando em aprofundado conhecimento dos valores patrimoniais em presença, ao longo dos cerca de 1300 Km da fronteira terrestre.
António Machado (Almeida), Nuno Mocinha (Elvas), Luís Vitorino (Marvão) e Manuel Lopes (Valença), são os atuais líderes municipais responsáveis por esta candidatura, e estão convictos de que, um possível reconhecimento pela UNESCO irá certamente potenciar o valor universal dos quatro Sítios candidatos e, consequentemente, elevar o número e a qualidade dos afluxos turísticos que procuram lugares distintos, únicos e de valor excecional. © NCV
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