A Federação das Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre (FBFDP) tornou público que “é quase certo que não seja possível realizar este ano o Festival Internacional de Bandas, que seria no Crato”. O evento “em Julho não se realiza” e “seguramente, e em meados de Setembro, é uma enorme incógnita”.
A notícia decorre de uma reunião da Federação com as bandas no passado dia 12 de Maio sobre as atividades durante o estado de emergência e de confinamento obrigatório, na qual se constatou que a maior parte das atividades está a ser empurrada para o 4º trimestre do ano, com profundas implicações na vida das coletividades.
A reunião contou com 11 maestros, 7 Presidentes de Direção, alguns Vice-presidentes e outros diretores (7) e 3 monitores.
Situação financeira e perspetivas
Por outro lado, constatou-se que “a quase generalidade das bandas e orquestra presentes na reunião continuaram a honrar os seus compromissos com maestros e monitores e as despesas de luz, internet e de manutenção de instalações, instrumentos e fardas mantiveram-se e mesmo as de águas ainda hão-de vir. Porém, as receitas foram nulas. Todas as bandas conseguiram suplantar estes dois meses, mas existe um receio generalizado após o Verão”.
Tendo a a Conferência Episcopal proibido todas as festas religiosas, “uma grande fonte de receita para as bandas, as festas de verão e festivais estão a ser continuamente suspensos e, desta forma, as receitas irão manter-se escassas ou nulas”. No entanto, “a maior gravidade, virá no ano de 2021 visto que as receitas de um ano dão para estabilizar o ano seguinte. E com a falta de receitas em 2020 e as despesas sempre a caírem, afigura-se um ano muito crítico”.
“Por estas e todas as razões, espera-se que os municípios, os maiores “mecenas” das bandas e orquestras, continuem a atribuir os apoios normalmente assumidos, independentemente do maior ou menor número de atividades cumpridas”, apela a Federação. © NCV
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