13 de junho de 2020

António Pita analisa uma década de mercado imobiliário em Castelo de Vide

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O Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Pita publicou esta semana um texto sobre o mercado imobiliário de Castelo de Vide na última década, sublinhando que “o ano de 2018 bate recordes da década e últimos 4 anos atingem valores assinaláveis”.
A análise resume-se às transações de móveis localizados nas zonas de proteção, sujeitos a direito de preferência por parte do Município e da Direção Regional de Cultura. Publica-se de seguida o texto, com subtítulo da responsabilidade da Redação, e os dois quadros com os dados coligidos. © NCV
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2018 foi ano fantástico
“O ano de 2018 foi verdadeiramente fantástico no que toca às transações de imóveis localizados em zonas de proteção do concelho de Castelo de Vide.
Brevemente analisaremos a estatística das transações em relação a todos os imóveis do concelho ao longo da última década, ou seja, desde 2010 até ao transato ano de 2019.
Por ora, deixamos aqui a análise dos imóveis transacionados neste período, mas APENAS dos localizados em ZONAS DE PROTEÇÃO do nosso concelho.
Em relação a estes pode-se facilmente observar que ano de 2018, de facto, corresponde ao melhor ano da década em valor transacionado atingindo 1 287 772 €. De igual modo este ano também regista o maior número atingindo o valor recorde de 40 transações.

Sujeitos a direito legal de preferência
Sublinha-se que esta análise estatística não se refere às escrituras de todos os imóveis transacionados mas sim APENAS diz respeito àqueles imóveis que se localizam nas zonas de proteção do concelho de Castelo de Vide. E estes, de acordo com a legislação, estão obrigatoriamente sujeitos ao exercício do direito legal de preferência manifestada previamente pela Autarquia e Direção Regional da Cultura.
Isto é, são imóveis que pressupõem uma maior oneração face ao facto de estarem localizados em zonas legalmente protegidas, logo sujeitos a maiores restrições e condicionantes.

Quebra de 2010 até 2012
Como se pode ver no gráfico em imagem, o sector imobiliário deste grupo sofre uma assinalável quebra a partir de 2010 atingindo mesmo o valor mais baixo da década no ano de 2012, onde apenas se registaram 5 transações no valor de 185 500 €.
Contudo, 2015 abre um novo período de crescimento vertiginoso disparando quer em quantidade dos imóveis transacionados quer no valor acumulado das transações!
E se o ano de 2018 foi um ano top, importa igualmente verificar como o mercado foi particularmente forte e cresceu nos últimos 4 anos comparativamente aos primeiros 6 anos da década.

Período de 2016 a 2019
Na verdade, entre 2016 e 2019 foram transacionados 4 372 478 €, isto é 61,5% em relação aos 7 108 528 €, valor este correspondente ao somatório de todas as operações da década.
Por outro lado, no que se refere ao número de transações só destes últimos 4 anos foram efetuadas 125 transações, o que equivale a 67,6% das 185 efetuadas ao longo da década.

Valorização do território
Da reflexão que importa efetuar sobre a objetividade destes dados resulta a conclusão óbvia de que o volume e quantidade de transações dos últimos anos registam um crescimento significativo que, por consequência, traz inúmeros e óbvios benefícios para a valorização do território.
Assim ficam a ganhar os antigos proprietários, a qualificação do parque imobiliário, a construção civil, a regeneração urbana, enfim, toda a economia local, merecendo particular relevo (devido ao facto da tipologia das transações em análise visar apenas imóveis localizados em zonas protegidas) o impacto profundo na revitalização do tecido histórico urbano.

Conclusões políticas
Em conclusão, independentemente de fatores externos e da conjuntura económica nacional com que estes dados estão alinhados, sempre acreditámos que:
1. a promoção externa do nosso concelho;
2. as obras de requalificação do espaço público; e 3. A valorização dos equipamentos e serviços culturais e turísticos que temos vindo a executar produzem dinâmicas absolutamente indispensáveis para a projeção e afirmação da imagem de Castelo de Vide, bem como para o crescimento da nossa economia local.
Perante a análise dos números, fica muito claro qual a estratégia a prosseguir”.

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