Durou apenas cerca de vinte minutos a primeira reunião ordinária do mês de Dezembro da Câmara Municipal de Castelo de Vide, que se realizou na manhã de ontem. O Executivo Municipal era apenas chamado a tomar conhecimento de uma série de assuntos nenhum dos quais a exigir deliberação.
Tiago Malato (PS) corrige informação
O vereador Tiago Malato (PS) aproveitou para corrigir formalmente uma informação errada que por lapso transmitiu na reunião de segunda-feira sobre o Orçamento Municipal para 2021. Congratulou-se com o facto de nele estar inscrito o valor para concretizar as Bolsas de Mérito recomendadas pela Assembleia Municipal em 2018 por propostas feitas pelo PS e pela JS, e solicitou que subissem à apreciação do Executivo as propostas de regulamento para essas bolsas e para as Bolsas Pré-Superior aprovadas em 1 de Abril passado, existindo em ambos os casos propostas regulamentares apresentadas pela JS local.
Centro de Saúde em Póvoa em Meadas é obra da ULSNA
Relativamente à obra da extensão do Centro de Saúde de Póvoa e Meadas, e perante rumores insistentes que afirmam tratar-se de uma obra da Câmara Municipal, o vereador fez questão de esclarecer que a beneficiária e responsável principal da obra é a ULSNA, que promove esta candidatura para a melhoria das condições e do serviço nos Centros de Saúde em quatro concelhos do Distrito.
Câmara Municipal assume 7,5% da obra
“A Câmara Municipal assume 7,5 % da obra (9.500 euros ) e doa o edifício. O resto da contrapartida é responsabilidade da ULSNA (beneficiária principal) e 85% Feder, num valor total de obra estimado de 126.582,5 euros”, explicou o vereador socialista.
E “para que conste” sublinhou ainda que “igualmente que não faz sentido a afirmação do Senhor presidente de que a Câmara vai conseguir majorar qualquer % da comparticipação, uma vez que esta é de de 7,5% da obra e, além do valor irrisório em causa, o projeto é da ULSNA e corre em mais concelhos”.
Tiago Malato: “reúne-se nesta Câmara por mera rotina legal”
No final da reunião Tiago Malato voltou a registar “com repúdio, o vazio que estas ordens de trabalho e reuniões significam”, numa em declaração de voto em que considerou a reunião ordinária da Câmara Municipal “um simulacro, com apenas nove pontos de trabalho a conhecimento, e nenhum verdadeiramente substancial”.
“Sobre estes pontos nada há a discutir ou a decidir. São sete cartas de entidades externas para a Câmara e uma carta da Câmara para uma secretária de estado”, adiantou o vereador, que desabafou: “é nisto que se tornou a liderança de António Pita, único responsável pela situação descrita. Aparentemente não haverá nada a decidir neste momento em Castelo de Vide. E a haver, não seremos nós aqui achados como importantes para a qualificação das decisões que tratam do presente e do futuro de Castelo de Vide. Reúne-se nesta Câmara por mera rotina legal. Aqui, para além de António Pita, ninguém é importante para António Pita. Este é “o estado a que chegámos”. © NCV
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