Fotos © NCV |
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Na altura, face ao perigo de poderem ruir maiores pedaços do mesmo pano de muralha, a Câmara Municipal de Castelo de Vide imediatamente assinalou as circunstâncias e cautelarmente cortou a circulação naquela artéria, apesar do pouco movimento que regista.
O perigo mantém-se: apenas as pedras que caíram acabaram por ser amontoadas no local, mas já fora da via pública, que foi reaberta ao trânsito sem limitações de segurança, situação que assim permanece nos dias de hoje (ver fotos atuais que publicamos junto).
A parte recuperada que se vê nestas fotos tem cerca de uns 20 anos e foi efetuada na altura pela Câmara Municipal de Castelo de Vie.
Existem outros casos de perigo de ruína em determinados pontos do amplo conjunto de muralhas abaluartadas de Castelo de Vide, não sendo de momento muito claro a quem compete e responsabilidade direta pela sua manutenção: se ao Governo Central, como seria se se tratar de um monumento nacional, ou ao Município se assim não for ou enquanto assim não for.
Muralhas em processo de “reclassificação”
Recorda-se que está pendente desde 2015 um pedido formal de “reclassificação” ou de “ampliação da classificação” referente ao conjunto das muralhas abaluartadas erigidas em Castelo de Vide entre os séculos XIII a XVII.
Este procedimento foi despoletado e pretende aclarar a situação criada pelo atual Presidente da Câmara Municipal, António Pita, que sustentou e conseguiu fazer valer a sua tese de não estarem estas muralhas classificadas como Monumento Nacional, contrariando o disposto desenhado no decreto de 1910 (datado de 16.06.1910, publicado no DG, I Série, nº 136, de 23 de Junho de 1910), que se resumirá apenas ao castelo medieval, entendimento que nunca tinha sido assumido anteriormente, durante mais de um século.
Este pedido foi liderado vereador Tiago Malato e visa reverter a questão da aparente “desclassificação” do sistema de “muralhas modernas” de Castelo de Vide uma decisão considerada “inaceitável” por diversos sectores entretanto comunicada pela Direção regional de Cultura do Alentejo ao Município. © NCV
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