6 de junho de 2021

Biblioteca Municipal Laranjo Coelho aconselha leitura do “Manifesto anti-Dantas” de Almada Negreiros

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Em 1915 publicavam-se os dois números da revista “Orfeu”, com Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e outros. Em 1915 estreava a peça “Soror Mariana Alcoforado”, de Júlio Dantas, honorável médico, escritor, dramaturgo, político e diplomata, futuro presidente da Academia das Ciências de Lisboa. Dois mundos em choque. A irrupção dos modernismos nas cenas literária e artística da capital provocou naturalmente a devida reação, da qual Júlio Dantas se arvorou porta-estandarte. Se em 1871, nas sequelas das “Conferências do casino”, a guerra se fez com armas convencionais, incluindo duelos à boa maneira cavalheiresca, em 1915, por ocasião da estreia daquela peça, Almada Negreiros (São Tomé e Príncipe, 1893-Lisboa, 1970), com a publicação do “Manifesto anti-Dantas”, fez uso de uma bomba atómica e inaugurou uma nova era. Basicamente, é isto. Pim! Pum! Pim!
“O Dantas saberá grammatica, saberá syntaxe, saberá medicina, saberá fazer ceias p’ra cardeaes, saberá tudo menos escrever que é a unica coisa que elle faz!”

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