Fotos © F.M. Barata/NCV |
Hoje a visita guiada foi feita por Susana Machado e Sandra Clélia.
A inquisição entrou em Portugal por pedido do Rei de Portugal ao Vaticano (o Rei queria a bênção para o seu casamento com uma princesa Espanhola - onde já existia A Santa Inquisição e a expulsão de Judeus e Mouros).
Guiomar Mendes foi denunciada por familiares.
Era normal que pessoas próximas fossem os denunciantes (família,criados, vizinhos, etc).
A inquisição não perseguia só Judeus e Mouros. Perseguia todos o que atentassem contra a moral e bons costumes (tal como falsos padres, homossexuais, amantes, praticantes de contra-natura e outros).
À entrada para a Inquisição, o preso aguardava cerca de três meses até a primeira audiência. Os homens, numa sala como a representada na Casa da Inquisição (onde estariam três a seis pessoas), recebiam dois baldes, 2 vezes por semana: um com água para beber e o outro para as fezes. Era neste espaço que também eram cozinhadas as refeições com lenha, o que na soma destas (fumo, má qualidade de ar e água, espaço fechado durante muito tempo) levava alguns à loucura, outros ao suicídio.
As mulheres eram colocadas em celas mais limpas e arejadas, com uma freira ou uma senhora de confiança do tribunal.
Na primeira audiência, aos arguidos, era perguntado o nome, morada, ocupação e ainda se sabiam do que eram acusados e se confessavam.
Se confessassem, a pena a seria mais leve; se negassem, eram levados para a tortura. Durante o processo estava sempre presente um médico para parar o acto, evitando que o acusado morresse.
As penas eram diferentes consoante a acusação. A mais grave era a condenação à fogueira.
E porquê a fogueira (quando a pena de morte era por enforcamento)? O fogo representava a purificação.
Tudo o que era decidido no tribunal ficava na Sala dos Decretos, onde nenhum dos arguidos podia contar o que ali era fora dito e/ou escrito.
Os autos de fé com condenação à fogueira, ocorriam sempre à sexta feira, sendo o condenado colocado numa cela, isolado. Um pintor fazia o seu retrato para que o mesmo fosse exposto (durante duas ou mais gerações) na igreja que este frequentara, criando assim constrangimentos para a família.
Francisco Martins Barata (texto e fotos)
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