Foto © Turisver/NCV |
O “rosto” da empresa é a Casa Amarela em Castelo de Vide, mas a vossa oferta hoteleira vai muito para além desta unidade?
Exatamente, a empresa começou com o Hotel Casa do Parque, que é a unidade mais antiga do grupo, depois cresceu com a Casa Amarela, que é um Turismo de Habitação inserido numa casa classificada como Monumento de Interesse Público, no centro de Castelo de Vide. Posteriormente entrámos no mercado de alojamento local com a Casa do Paço Novo, também em Castelo de Vide e em duas unidades de Turismo Rural que são o Monte das Tílias e a Quinta dos Lilases também no concelho. Ao todo temos cerca de 115 camas.
O nosso objetivo era estarmos presentes nos diversos tipos de mercado com várias tipologias de alojamento de forma a sermos competitivos nos quadros atuais em que o turista procura na nossa região.
Hoje são já o grupo que mais alojamento tem no mercado em Castelo de Vide?
Sim, provavelmente, a par de outro player local, somos quem tem mais unidades de alojamento. O crescimento do Alojamento Local tem vindo a impactar de alguma forma a rentabilidade de algumas unidades como era no passado, mas vamos estar presentes onde devemos estar de forma a captar e rentabilizar e sobretudo diferenciar a oferta para que não seja igual ao que existe neste momento no concelho.
Nunca pensaram em expandir-se para ouras geografias?
Não, neste momento o objetivo passa por reformular e renovar algumas das unidades, se eventualmente no futuro aparecer alguma oportunidade de investimento noutro lugar ou em Castelo de Vide é sempre de considerar em função de negócio.
Quais são os principais mercados com que vocês trabalham?
Depende das unidades, por exemplo no Hotel Casa do Parque é mais o português, Países Baixos, Escandinávia, Espanha. Na Casa Amarela é mais o mercado americano, brasileiro, países baixos, espanhóis e depois muito sazonalmente italianos.
Essa divisão deve-se a quê, à questão do preço?
Tem a ver com preços, com as condições e com os operadores com que trabalhamos e o tipo de oferta que têm para a nossa região, e os pacotes em que estamos inseridos, mas também com a política do município em promover Castelo de Vide em certos mercados e de captar muitos eventos que originam uma tão diversidade de nacionalidades.
O município, em termos de oferta tem feito grandes esforços para captar mais turismo para a região?
O município tem feito um grande trabalho de promoção turística do território, juntamente com a ARPTA (Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo), com os empresários locais, com algumas parcerias fora de Castelo de Vide, conseguindo, ao longo do ano, uma dinâmica grande nas mais diversas áreas, desde congressos, eventos desportivos, festivais de música, uma série de acontecimentos que trazem muita gente à região.
As melhorias que o município tem feito têm sido muitas e vão crescer ainda mais com a abertura de novos espaços como a Casa de Inquisição, o Museu Garcia da Orta, e também a nível de acessibilidades a pontos turísticos, com a renovação dos espaços existentes. Ou seja, Castelo de Vide está sempre em mudança, sempre a alterar a forma como um turista encontra a região, por exemplo se um turista foi a Castelo de Vide há um ano, se for lá agora nota alguma coisa diferente. Ou seja, não está monótono, está sempre a acrescentar alguma coisa.
Como está a reagir o mercado nacional em termos de ocupação?
O mercado nacional é mais de fim-de-semana, ou então aquele que vai para um acontecimento específico que existe na região e que podem aumentar mais um pouco o tempo de estadia média. Por exemplo, em julho e agosto não há tanto mercado nacional, porque é mais virado para o sol e praia, mas no inverno temos muito, sobretudo aos fins-de-semana, apesar de estar a crescer mais nas unidades de alojamento local do que nos empreendimentos turísticos.
Sofrem muito com a sazonalidade ou há uma constância ao longo do ano?
Sofremos muito com a sazonalidade, principalmente a partir do dia 15 de novembro até ao fim de fevereiro. É um período muito complicado, é rentabilizar ao máximo na época alta para sobreviver na época baixa.
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