A "mikvá" de Coimbra (2013). Foto © Público/NCV |
Foto © D.R./NCV |
O sucedido foi dado a conhecer por Nuno Calixto, vice-presidente da Câmara Municipal, na reunião da Assembleia da passada sexta-feira (ver gravação integral AQUI), na qual não participou o Presidente da Câmara Municipal, António Pita.
Segundo o NCV conseguiu apurar, tudo parece indicar poder tratar-se de uma antiga estrutura utilizada para banhos rituais judaicos (mikvá) idêntica à que foi descoberta em Coimbra em 2013, também por acaso.
Por outro lado, as necessidades de mais trabalhos arqueológicos sobre esta descoberta e de confirmar de forma inequívoca que se trata mesmo de banhos rituais judaicos, poderão implicar a continuação de suspensão das obras pelo menos por mais 30 dias (mês de Março).
Adeus “casa de chá”...
E caso se confirme tratar-se de uma “mikvá” medieval certamente terá de ser alterado o uso do edifício que previa a instalação de uma “casa de chá” no piso térreo e habitação nos pisos superiores.
Para o judaísmo ortodoxo, uma “mikvá“ era destinada a recuperar a “pureza ritual”, designadamente no caso das mulheres após o ciclo menstrual ou depois de um parto, e deverá ser alimentada por uma fonte natural de água.
Obras suspensas desde 1 de Fevereiro
As obras de “reabilitação de edifício misto” na Rua da Judiaria em Castelo de Vide, frente à Sinagoga Medieval também designada por Museu da sinagoga, encontram-se suspensas por 30 dias desde o passado dia 1 de Fevereiro devido ao “aparecimento de inúmeros silos no piso térreo do edifício, bem como, numa estrutura desconhecida que parece ser uma fundação mais antiga” que necessitaram de ser escavados pela equipa de acompanhamento arqueológico da Archeo Estudos – Investigação Arqueológica Lda.
Necessária demolição da frontaria?
Outra razão para esta suspensão foi ó envio de um relatório para a Direção Regional de Cultura do Alentejo sobre a necessidade de demolir total ou parcialmente uma parede exterior devido aos eu mau estado de conservação.
As duas situações põem em causa as condições de segurança da execução dos trabalhos de execução da empreitada e acresce também a necessidade de estudo da parede exterior se for proposta a sua demolição.
Segundo o auto de suspensão da obra, a empreitada só será reatada “logo que os trabalhos arqueológicos estejam concluídos e a solução da parede exterior esteja concretizada”. © NCV
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