"Começo quase sempre o dia ao sentar-me à secretariaria por abrir o Noticias de C V, antes do Público, do El Pais, do Obs e dos mails. Asmais das vezes incomodo-me com origem camarária, mas reconheço a grande utilidade do jornal embora pudesse haver alguma hierarquia nas notícias, os poluentes amigos das motorizadas não têm o mesmo valor que a União Artística, e os torneios de sueca da actividade cultural e desportiva de jovens e adultos. No entanto as notícias chegam, dão muito trabalho a organizar e é bom que cheguem.
Percebo a prudente ausência de contraditório muito embora tudo fique igual a tudo, o que pode gerar descrédito, em mim gera não poucas vezes.
Acabo de ler o título espantoso: “Viver tempos de Inquisição” é o mote deste ano do Mercado Medieval”.
Como a Inquisição foi estabelecida em Portugal 80 anos depois do fim da Idade Média trata-se obviamente de um milagre, ou muito simplesmente trata-se de levar mais incautos a visitar a Casa da Inquisição.
Poupo-vos a minha opinião sobre os Mercados Medievais, uma actividade comercial e de entretenimento, bem como sobre a Casa da Inquisição um desastre pseudo museológico pelo que já vi no vosso jornal pois, confesso, ainda não tive coragem para a visitar.
Desculpem este desabafo, mas a consideração que tenho por vós, bem como a utilidade do Notícias de C V, levaram-me desta vez a não meter para dentro o que penso sobre o que por vezes aparece no vosso jornal".
Com o forte abraço do
José Luís Porfírio
N.R.- Agradecemos as palavras do atento leitor José Luís Porfírio na mensagem dele recebida que com muito gosto junto publicamos. As páginas do NCV sempre estiveram e continuam abertas a contribuições e aos ”desabafos” de José Luís Porfírio.
A notícia a que se refere (ver AQUI) só é de facto notícia relativamente ao “mote” escolhido para a edição deste ano do Mercado Medieval, evento cujas realização e data já tinham sido atempadamente noticiadas.
Como órgão de comunicação, e de acordo com o seu estatuto editorial, ao NCV compete - neste como noutros assuntos - noticiar aquilo que considera de interesse público local, nomeadamente devido a uma inusitada confusão de tempos históricos no quadro de um evento municipal, deixando aos leitores e à comunidade a faculdade de livremente de estabelecerem os seus juízos pessoais.
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