Fotos © DR/NCV |
O Periferias “reconhece, nesta obra, a sua beleza e o seu compromisso com os direitos humanos, a luta contra a mudança climática e o poder de resistência dos seus protagonistas. Um filme empenhado e em consonância com os valores defendidos por este Festival”.
O seu realizador, Marcos Colón, agradeceu o reconhecimento deste certame através de um vídeo, destacando a alegria dos protagonistas como forma de resistência e luta.
“Pisar Suavemente na Terra” colige as histórias de Kátia, cacique do povo Akrãtikatêjê, Manoel, cacique do povo Munduruku, e José Manuyama, professor do ensino básico de origem Kokama. Os três narram as ameaças aos seus territórios exercidas pela mineração de grande escala, as monoculturas, a prospeção, a exploração petrolífera, a desflorestação e a construção de centrais hidroelétricas. Os seus relatos entrelaçam-se com a voz e o pensamento do filósofo indígena Ailton Krenak, que nos convida a refletir sobre os nossos modos de habitar o planeta e a aprender a pisar suavemente a terra.
Homenagem a Carlos Saura
A Gala de Encerramento deste Festival de cinema itinerante, que se organiza na raia entre Marvão e Valencia de Alcántara, teve lugar no Museu Vostell, de Malpartida de Cáceres, com uma homenagem ao cineasta Carlos Saura, que incluiu a projeção do seu último filme, “Las paredes hablan”, documentário que retrata a evolutiva relação da arte com as paredes como tela de criação desde as primeiras revoluções gráficas nas grutas pré-históricas até às expressões mais vanguardistas da arte urbana.
Entre 11 e 19 de Agosto, o Periferias levou o melhor do cinema a cenários e sítios da Raia onde não há salas de projeção, lugares como o castelo de Marvão, a estação ferroviária de Beirã, Valencia de Alcántara, a aldeia raiana de La Fontañera, a cidade romana de Ammaia, Castelo de Vide, Salorino, San Vicente de Alcántara, Santo António das Areias ou o lagar de azeite de Galegos. © NCV
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