Fotos © DR/NCV |
Fotos © DR/NCV |
Este foi mais um encontro anual de presidentes raianos, com vista à assinatura da ata de reconhecimento da fronteira Portugal-Espanha Sever/Tejo com vista à assinatura da ata de reconhecimento de fronteira com vista a “cumprir uma determinação do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério de Assuntos Exteriores” de Espanha.
Procedimento diplomático do século XIX com origens no século XIII
Esta formalidade, considerada por António Pita como “um procedimento diplomático do século XIX, com origens no século XIII e que subsiste no século XXI” trouxe uma vez mais a Castelo de Vide os Alcaldes de Valência de Alcântara, de Herrera e de Cedillo, para que à luz do o “Tratado do Reconhecimento dos Limites da Fronteira” entre os dois reinos, celebrado a 29 de Setembro de 1864, “atestassem da continuidade dos limites da linha da fronteira administrativa”.
“Decorridos quase 160 anos os presidentes das Câmaras raianas continuam a estar obrigados à vigilância dos limites da fronteira por estes 8 séculos de história comum do nosso território transfronteiro”, refere o Presidente da Câmara Municipal.
O autarca castelovidense aproveita para explicar na sua nota que “este Tratado do século XIX, foi celebrado no Palácio da Ajuda sendo D. Luís rei de Portugal e Isabel II a rainha de Espanha, e passou a determinar que as autoridades administrativas dos concelhos, em ambos os lados da fronteira, confirmassem anualmente a estabilidade da linha de fronteira, desde a foz do Rio Minho até à confluência do Rio Caia com o Guadiana”.
O porquê do Tratado?
“Apesar das fronteiras entre Portugal, Leão e Castela terem ficado praticamente acordadas logo na primeira dinastia (com exceção do Algarve), em que através do Tratado de Badajoz (1267) e um pouco mais tarde com D. Dinis a celebrar o Tratado de Alcanizes em 1297, demarcando-se politicamente as fronteiras que viriam a definir os limites de ambos os países, a nível local persistiram disputas e conflitos territoriais agravadas pelos interesses de casas nobres proprietários de terras de fronteira”.
“Assim, o Tratado de 1864 foi previamente preparado com levantamentos cartográficos e estudos prediais prévios, em que as situações melindrosas e de conflitos latentes foram reportadas diretamente a D. Pedro V”. © NCV
Clicar na imagem para ampliar. |
Sem comentários:
Enviar um comentário