10 de setembro de 2024

Festival “Terras sem Sombra” proporcionou visitas ao Menir da Meada e à Anta da Melriça

Fotos © FTSS/NCV
Na sua passagem este ano por Castelo de Vide, o Festival “Terras sem Sombra” proporcionou no passado sábado visitas guiadas ao “coração de uma paisagem megalítica”, mais concretamente ao Menir da Meada e à Anta da Melriça (extra-programa).
O Menir da Meada: recuar 8 mil anos na História
No concelho de Castelo de Vide, no Alto Alentejo, a visita recua 8 mil anos na História, para adentrar numa das paisagens megalíticas mais relevantes da Península Ibérica. O Menir da Meada (um dos dois do concelho), monolito de 7,52 metros e a pesar 18 toneladas, “reerguido em 1993, é um exemplo de bom restauro volvidos 30 anos”.
“Um dos menires mais antigos da Europa, patenteia a sedentarizaçäo do Homem, então também arquitecto da paisagem e que encontrou na terra um valor simbólico. Hoje, sabemos que o menir é símbolo de liderança, mas também do falo. No caso concreto, identificamos uma glande esculpida no granito, a encimar o monumento nacional”.
Visita à Anta da Melriça (2 500 a.C.)
Fotos © FTSS/NCV
Num momento extra-programa publicado, foi visitada também a Anta da Melriça datada de 2.500 a.C. “Há que a imaginar na época, coberta de terra, assemelhando-se a uma pequena colina erguida na paisagem”, como refere a súmula descritiva divulgada. “Traços da cultura megalítica patente num monumento que servia para enterramentos. Junto aos cadáveres ficavam objetos do quotidiano, mas também de carácter espiritual. Não faltariam frutos silvestres, peixe e leite. Testemunho de uma população no sopé da Serra de São Mamede, um território agrícola, apto à fixação de povoados e à criação de pastagens e existência de linhas de água”. © NCV

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