21 de dezembro de 2025

Tribunal Central Administrativo Sul determinou reposição do contraditório e anulou embargo às obras da Barragem do Pisão

A CIMAA anunciou em comunicado que "o Tribunal Central Administrativo Sul decidiu dar provimento ao recurso interposto pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), pelo Município do Crato, pelo Município de Avis e pelo Município de Alter do Chão, anulando a decisão que havia determinado o Embargo das obras do Empreendimento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato (Barragem do Pisão).
O Tribunal determinou a baixa do processo ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco para que seja corrigida uma irregularidade processual, garantindo que todas as partes sejam ouvidas antes de qualquer decisão sobre o embargo das obras.
Decisão sem audição dos interessados
A decisão do Tribunal Central Administrativo Sul fundamentou-se no facto de o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco ter determinado o embargo das obras sem que os recorrentes tivessem tido a oportunidade de serem ouvidos e de se pronunciarem sobre essa possibilidade. O Tribunal considerou que a falta de audição prévia constitui uma irregularidade suscetível de influir na decisão, qualificando a decisão de embargo como uma “decisão surpresa”, inesperada para as partes.
Esta decisão não representa uma pronúncia final sobre o mérito do projeto, mas sim uma garantia de que o processo judicial decorre com respeito pelos direitos de defesa de todas as partes envolvidas.
Assegurar um processo justo e equilibrado
A CIMAA congratula-se com esta decisão, que reconhece a importância de assegurar um processo justo e equilibrado. Reconhecemos a preocupação e a ansiedade que esta situação tem causado nas populações do Alto Alentejo, que legitimamente esperam pela concretização de um projeto tão importante para o seu futuro e bem-estar.
A Barragem do Pisão representa muito mais do que uma infraestrutura: é a garantia de água potável de qualidade para as nossas famílias, é o apoio fundamental aos nossos agricultores que enfrentam anos cada vez mais secos, é a energia limpa que precisamos para o futuro, e são os empregos que mantêm os nossos jovens na região.
Importância do empreendimento para o Alto Alentejo
Este é um projeto detido e desenvolvido exclusivamente por entidades públicas, pensado e construído para servir o interesse das nossas comunidades, da nossa região e do país. Compreendemos a importância que este empreendimento tem para a vida de milhares de pessoas e famílias do Alto Alentejo, e é por isso que continuaremos a defender este projeto com determinação, mas sempre com respeito pelas instituições e pela legalidade.
A CIMAA mantém a confiança num bom resultado nos processos judiciais em curso e estamos convictos da qualidade técnica do projeto – assegurada e sempre supervisionada pela intervenção técnica da APA –, da sua importância estratégica para a região e do cumprimento rigoroso da legalidade ao longo de todo o seu desenvolvimento.
Autarcas unidos em torno do projeto
Os autarcas dos 15 municípios do Alto Alentejo estão unidos em torno deste projeto estruturante para o Alto Alentejo, pelo qual consensualizaram prioridades em torno deste motor de desenvolvimento do território, concretizando as aspirações das suas populações.
Continuaremos a trabalhar, dia após dia, para que este projeto estruturante se concretize e possa servir as populações do Alto Alentejo, tal como sempre foi o nosso objetivo desde o primeiro dia. As nossas comunidades merecem este investimento no futuro e continuaremos a lutar por ele". © NCV
(título e subtítulos da responsabilidade da Redação do NCV)

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