25 de novembro de 2007

150 alunos do secundário visitaram
a exposição “Um olhar Indo-Português”

Abriu ao público, no Foyer do Centro de Congressos de Portalegre, a exposição fotográfica “Um olhar Indo-Português. A Índia vista pelo Centro de História Além-mar”. A exposição, promovida pela Fundação Robinson em colaboração com a Câmara Municipal de Portalegre, vai estar patente até ao dia 31 de Dezembro.
A inauguração fez-se com uma sessão de conferências, dinamizada por investigadores altamente especializados do Centro de História Além-mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sobre as diferentes dimensões da expansão portuguesa na Índia a que assistiram cerca de 150 alunos do ensino secundário.

Subordinada ao tema “Como os historiadores constroem a Índia”, esta sessão contou com a presença dos Professores Doutores João Paulo Oliveira e Costa (que tratou aspectos gerais da expansão no Oriente), Vítor Gaspar Rodrigues (que falou sobre a guerra oriental) e Nuno Senos (que terá em atenção as artes coloniais, em particular a arquitectura), e a Teresa Lacerda (Comissária da exposição, que abordou de forma muito breve as questões da interculturalidade).
Segundo os organizadores, “a aceitação não podia ter sido melhor”, e “no final da manhã, ficou o interesse de professores e alunos e a vontade de fazer mais trabalhos em colaboração com as escolas, principalmente com os alunos de História, História da Arte, Português e Artes Visuais”.

Historiadores fotógrafos

As fotografias “contam uma parte da história da Índia contemporânea, já que as imagens foram recolhidas por historiadores do Centro Português de História de Além-Mar”. “Tenta-se, sobretudo, mostrar um olhar diferente porque os historiadores, por não serem fotógrafos profissionais, têm objectivos muito claros: procurar ecos do passado, memórias perdidas nas palavras dos cronistas, tentativas de descortinar na actualidade olhares descritivos que se assemelhem aos dos antigos viajantes europeus” – refere o comunicado de divulgação.

“São, no fundo, fotografias de viagem cheias de cor, vida e movimento em que o olhar capta o traço único de Goa, feito de Ocidente e Oriente”. “Vale a pena visitar esta exposição para procurar compreender o que a Índia contemporânea guarda de ontem, para entender o exercício de olhar e ser olhado tendo em mente os portugueses e indianos dos séculos passados…”.
© NCV

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