30 de novembro de 2010

Empresários e regiões com maior intervenção na promoção turística no estrangeiro


Empresários e destinos turísticos regionais reforçaram a sua capacidade para definir e executar a estratégia de promoção turística no estrangeiro com a assinatura do Acordo para a Promoção Turística Externa Regional, numa sessão que contou com a presença do Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, José Vieira da Silva, e do Secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade.
Com base neste acordo, assinado pelos presidentes do Turismo de Portugal, Luís Patrão, da Confederação do Turismo Português, José Carlos Pinto Coelho, e das sete Agências Regionais de Promoção Turística, introduz-se no modelo de promoção um novo instrumento: os Planos de Comercialização e Venda.
Planos de Comercialização e Venda
Estes planos, elaborados em concertação entre as empresas e as ARPT´s de cada região, vão absorver um terço da verba total destinada à promoção turística no estrangeiro. Este novo instrumento permite que privados e ARPT´s definam a estratégia de promoção mais adequada às necessidades de cada região e do tecido empresarial, através da presença em feiras internacionais, acções de contacto comercial ou de promoção conjunta e novos canais de comercialização.
Este modelo garante que o montante suportado pelos privados e ARPT´s será totalmente alocado ao financiamento dos Planos de Comercialização e Venda por si delineados. Por cada euro investido pelas empresas privadas no financiamento do seu plano regional corresponderá um euro da respectiva ARPT e quatro euros do Turismo de Portugal, reforçando-se assim a distribuição 1 + 1 + 4 herdada do anterior modelo.
Para a estimular a adopção de novas canais de venda e assim chegar a novos mercados, este modelo prevê também que os investimentos das regiões e empresários em portais regionais de reserva na Internet sejam considerados elegíveis nos respectivos Planos de Comercialização e Venda.
Quanto aos sistemas de compras e de contratação, o Plano introduz uma novidade que estimula as parcerias. Sempre que as partes considerem útil para a prossecução da sua estratégia poderão ser criados ou aproveitados sistemas de aquisição de quantidade ou contratação múltipla que tragam benefícios de condições e de preços.
Acessibilidades aéreas
A importância das acessibilidades aéreas também não foi esquecida. Com o objectivo de salvaguardar os investimentos necessários à continuidade do esforço de captação de novas rotas aéreas de interesse turístico, assim como para iniciativas que promovam a manutenção e o aumento das que já existem, passam a ser elegíveis nos Planos de Promoção Turística Regional as verbas destinadas a este objectivo.
O acordo hoje apresentado publicamente no Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, e que mereceu consenso alargado entre as diferentes entidades envolvidas, estabelece uma nova arquitectura de Marcas Turísticas, surgindo o Destino Portugal no topo e as Marcas Regionais organizadas na base.
Anualmente, será elaborado um Plano de Marketing Turístico Nacional, um documento estruturante que define os atributos a divulgar prioritariamente, os canais a utilizar, os mercados prioritários (hierarquizados de acordo com a sua relevância e a sua especificidade) e os montantes relativos de investimento, de acordo com uma matriz de mercado/instrumentos de promoção. Também as regiões deverão apresentar, anualmente, o seu Plano de Marketing Turístico Regional, articulado com as prioridades estratégicas do plano nacional.
Plano Estratégico Nacional do Turismo 
Dá-se, assim, uma maior expressão à estratégia definida no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) de caminhar no sentido de uma maior diferenciação e complementaridade dos produtos turísticos, aproveitando ao máximo as potencialidades de cada região.
Da mesma forma, mantêm-se os princípios de concertação estratégica em vigor, envolvendo o Turismo de Portugal, a CTP e as ARPT, através do Conselho Estratégico de Promoção Turística (CEPT). Este órgão continuará a apreciar e a emitir parecer sobre os Planos de Promoção Turística, nacionais e regionais, que o Turismo de Portugal remeterá ao Secretário de Estado do Turismo para respectiva homologação.
Rentabilizar investimentos e utilização racional de fundos do QREN
Além de uma maior rentabilização do investimento, este acordo permitirá igualmente um maior alinhamento da promoção regional com a estratégia do Turismo de Portugal e uma utilização mais racional dos fundos comunitários do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). As verbas do QREN relativas a programas e sistemas de incentivos que apenas admitam o Turismo de Portugal ou as ARPT´s como únicas entidades elegíveis serão, aliás, tidas em conta nos montantes afectos à promoção turística.
A CTP continua a ser reconhecida como entidade representativa dos interesses das empresas do turismo. Quanto à prestação de contas, ficam as ARPT incumbidas de o fazer trimestralmente e de apresentar um Relatório Anualmente consolidado até ao final do primeiro trimestre de cada ano, documentos que serão apreciados pelo CEPT. © NCV

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