O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Ribeiro ,
mostrou-se, quinta feira, “exaltado” com a presença de algumas pessoas na
cerimónia de inauguração do Museu Paroquial de Arte Sacra Cónego Albano Vaz
Pinto, apelidando-as de “hipócritas” e “gentalha”.
O Cónego Albano Vaz Pinto que faleceu em 1976 foi “escorraçado” de Castelo
de Vide pela população na Semana Santa, em 1975, acusado de pertencer ao antigo
regime.
O autarca de Castelo de Vide que elogiou o legado do Cónego Albano Vaz
Pinto e que considerou de “justa homenagem” a atribuição do seu nome ao Museu
Paroquial de Arte Sacra, não se conteve perante a presença de algumas pessoas.
“Estou a ver aqui alguns hipócritas…”, “Dói-me ver esta
hipocrisia…”, “Se tivessem vergonha não deviam estar aqui…”, disse.
O Cónego Albano Vaz Pinto foi transferido para Castelo de Vide em 1948,
onde prestou relevantes serviços apostólico-comunitários, de onde se destaca a
construção e fundação do Externato de Nossa Senhora da Penha, a fundação do
jornal “Noticias da Minha Terra” e inúmeras obras de assistência social, entre
as quais, a construção de casas para pobres, relevando-se o bairro de São
Paulo.
Sacerdote,
pedagogo e jornalista, faleceu a 25 de Fevereiro de 1976, após alguns anos de
doença, e um ano depois de ter sido expulso de Castelo de Vide pela população
que o acusava de pertencer ao antigo regime.
Gabriel
Nunes/Susana Mourato
António Ribeiro - Presidente Câmara Municipal Castelo de Vide |
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