“A Coordenadora Distrital do BE manifesta o seu
total repúdio pela decisão do Governo, de a partir do dia 1 de Janeiro de 2012,
suprimir as ligações regionais na linha do Leste e de encerrar o ramal de
Cáceres. O mesmo repúdio é dirigido às decisões de a ULSNA encerrar treze
extensões de saúde e ordenar a fusão de oito centros de saúde no distrito.
Denunciamos a falta de capacidade dos nossos
governantes para defender a coesão nacional, o ambiente, as populações e o desenvolvimento
económico.
Esta decisão revela falta assertividade em relação
às apostas que podem e devem alterar o atual cenário de asfixia económica e
desertificação do distrito.
Não temos dúvidas em relação aos argumentos
apontados para o fecho, temos é certezas quanto aos responsáveis pela
ineficácia da ferrovia. No lugar de se resolver a falta de eficiência,
liquida-se a sua existência ignorando a sua importância. A reacção da vizinha
Espanha é conclusiva da irresponsabilidade dos nossos governantes em matéria de
ligações transfronteiriças.
Quanto às extensões dos Centros de Saúde,
trata-se de uma medida criminosa, de manifesto abandono de populações isoladas,
idosas e sem meios.
Esta decisão é mais um passo para o derradeiro
encerramento do distrito com a indignação de quem ainda resiste e exige que
sejamos tratados como os restantes portugueses. Vamos pagar a crise para a qual
não contribuímos nem fomos beneficiados e ficar sem acessibilidades, sem meios,
assistindo ao contínuo êxodo de famílias que não têm outra solução senão
partir.
Temos sido discriminados, abandonados e os
culpados são conhecidos não esquecendo os próprios eleitos do distrito que têm
como característica o silêncio e a passividade perante a constante recusa de
falta de investimento neste distrito.
Aproveitamos para mostrar a incoerência ou
relação que pode ter o pagamento nas SCUTS. Os governos de Cavaco Silva
promoveram a rodovia e detrimento da ferrovia e agora vão obrigar-nos pagar de
várias formas essa decisão. O que é certo, é que este distrito está mal servido
e o pouco que temos é-nos retirado. Vamos pagar o buraco da Madeira, os
submarinos, o BPN os estádios de Futebol do Euro entre outros, enquanto ficamos
sem meios e sem assistência médica.
Contra o encerramento do interior ABSOLUTAMENTE!”
Portalegre, 23-10-2011
A Comissão Coordenadora
Distrital
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