Conforme
o NCV em tempo noticiou (ver AQUI), o Conselho Executivo da CIMAA, reunido no
passado dia 8 de Novembro em Marvão,
aprovou por unanimidade duas
moções críticas da política governamental. Uma versa sobre os
reflexos do chamadao Plano estratégico de transportes no distrito de
Portalegre com a eliminação do serviço de passageiros na Linha do
Leste e a desactivação definitiva do Ramal de Cáceres. Outra sobre
o encerramento pela ULSNA de acordo com instruções do Ministério
da Saúde de extensões de saúde e uma redução generalizada dos
horários de atendimento dos centros de saúde da região.
Em
ambos os casos com um apelo a três órgãos de soberania (Governo,
Assembleia da República e Presidente da República) para que as
populações do Alto Alentejo “sejam
efectivamente tratadas em
condições de equidade, de dignidade e de respeito
em relação às
populações do país”.
A iniciativa terá partido e sido movida pelas posições públicas recentes assumidas pelo seu Presidente, Armando Varela (PSD), presidente da Cãmara Municipal de Sousel, sobre estas mesmas matérias (vd notías AQUI e AQUI). De referir que a maioria do Conselho Directivo da CIMAA é constituída por eleitos locais em listas do PSD.
No
caso da política de transportes, a CIMAA não aceita a supressão do
serviço de passageiros na Linha do Leste e opõe-se à desactivação
da Linha do Leste.
As
Autarquias do Alto Alentejo exigem “a assumpção por parte do
governo Português dos compromissos
assumidos com o Governo
Espanhol, nomeadamente ao nível da instalação
da Plataforma
Transfronteiriça Multimodal do Caia, enquanto instrumento
determinante para o desenvolvimento sustentado da região
transfronteiriça
Alentejo/Extremadura”. E vão mais longe:
solicitam a intervenção do governo Português no sentido de
compatibilizar
com o governo Espanhol a necessidade de manter a
ligação
Badajoz/Puertolleano/Ciudad Real, na rede básica de
mercadorias, por
considerar
que esta via optimiza o fluxo de mercadorias, dado ser transversal
ao território da Extremadura, beneficiando assim Portugal de um
eixo
dedicado de mercadorias, além da linha mista de velocidade
elevada agora
proposta pela Comissão Europeia”.
Construção
de Estação em Portalegre para mercadorias
Por
outro lado, exigem “a modernização das linhas existentes bem como
da construção de
estação em Portalegre que permita futuramente
fazer as ligações por
mercadorias entre Elvas, Portalegre e Ponte
de Sor”.
O
Conselho Executivo da CIMAA solicita ainda “a intervenção do
Governo, do Ministério da Economia e do
Emprego, da Assembleia da
República, dos Grupos Parlamentares e da
Presidência da República
para que as populações em apreço sejam
efectivamente tratadas em
condições de equidade, de dignidade e de respeito
em relação às
populações do país”.
Não
ao encerramento de extensões e à redução de horário
No que
toca à política de saúde e às recentes decisões tomadas pela
ULSNA, o
Conselho Executivo da CIMAA opõe-se ao “encerramento de treze
extensões de saúde no distrito de Portalegre e à diminuição do
horário de funcionamento e encerramento de um dia por semana dos
Centros de Saúde de Alter do Cão, Arronches, Avis, Castelo de Vide,
Crato, Fronteira, Marvão, Monforte, Gaviao e Sousel”.
“Advertir
e responsabilizar o Governo”
A
moção referre ainda a deliberação de “advertir e
responsabilizar o Governo para as consequências negativas de tais
medidas, que irão prejudicar gravemente a região, em especial as
populações servidas pelas 13 extensões de saúde a encerrar e dos
12 doze concelhos supra identificados” e volta a “solicitar a
intervenção do Governo, do Ministério da Saúde, da
Assembleia da República, dos Grupos Parlamentares e da Presidência
da República para que as populações em apreço sejam efectivamente
tratadas em condições de equidade, de dignidade e de respeito em
relação às populações dos restantes concelhos do Distrito de
Portalegre e do país”.
Falta
de diálogo da ULSNA com as Câmaras
A
este propósito merece ainda destaque o facto de a CIMAA lamentar
publicamente “a
falta de diálogo entre a ULSNA e os Presidentes das Câmaras
Municipais dos concelhos ora afectados de forma a que atempadamente
fosse possível garantir soluções. A resolução das graves
dificuldades que o país atravessa, nomeadamente na área da Saúde
no Alto Alentejo, deve sempre passar pelo diálogo com as pessoas e
não contra essas mesmas pessoas”. © NCV
Nota da Redacção: Dispondo apenas de uma das duas versões oficiais finais destas (longas) moções, mais de 24 horas depois da respectiva aprovação final em Marvão, optámos pelo seu tratamento jornalístico resumido e simultâneo. Logo que disponíveis ambas no site Internet da CIMAA informaremos os leitores da forma de acederem directamente aos respectivos textos completos.
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