(Clicar na imagem para ver a notícia da RTP)
Um grupo de 69 lesados pelo incêndio ocorrido no parque de
estacionamento do Festival Andanças vão avançar para tribunal e
reclamar à Câmara Municipal de Castelo de Vide e à Associação
PédeXumbo um total de 1,5 milhões de euros, dos quais 600 mil euros
a título de morais. A petição inicial da correspondente ação
judicial já está pronta e dará entrada ainda durante o corrente
mês de Agosto, de acordo com a notícia que foi divulgada à
comunicação social (nomeadamente à TSF e à RTP) pelo advogado
Pedro Proença que os representará.
Neste momento decorre a liquidação da taxa de justiça (cerca de
400 euros cada um) por parte de todos os lesados; aliás, estes custo
elevados são uma das razões pelas quais são tão poucos a chegarem
a tribunal, depois de no início do ano o Ministério Público ter
arquivado o inquérito criminal “por não ter encontrado sinais de
que o fogo tenha sido ateado de forma deliberada ou intencional”. O
grupo incluía inicialmente mais de 120 lesados, de entre os 422
proprietários dos veículos afetados.
Segundo as afirmações de Pedro Proença à comunicação social,
“há muitos lesados que um ano depois ainda não ultrapassaram o
trauma de verem tantos carros a arder, havendo pessoas que nunca mais
conseguiram ter automóvel, afetando naturalmente o seu dia-a-dia a
irem para o trabalho ou a levarem os filhos à escola”.
O advogado garante “que o festival Andanças do ano passado teve
várias falhas de segurança, detalhadas por especialistas em
bombeiros e proteção civil que estarão na queixa apresentada em
tribunal. Nomeadamente, a existência de muito material combustível,
ou seja, palha resultante do corte de erva pela autarquia que não
foi recolhida e que depois potenciou a destruição de tantos
carros”.
A acusação queixa-se ainda, entre outras coisas, “da falta de
extintores no recinto do festival e de um camião autotanque, com a
organização a ter recusado a presença dos bombeiros, o que fez com
que não existisse resposta atempada, além de portões fechados a
cadeado que impediram a passagem de uma viatura dos sapadores
florestais”. ©
NCV
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