Na última reunião da Câmara Municipal, o presidente António Pita deu conta de que na próxima reunião do Executivo (na 4ª feira dia 15 de Julho) estará presente o responsável pelo novo projeto de instalação de 400 hectares de painéis fotovoltaicos no concelho (ver notícias AQUI sobre a Central Fotovoltaica Diogo Cão) e o vereador Tiago Malato reafirmou o seu pedido de agendamento de “uma reunião prévia para a discussão política dos Investimentos fotovoltaicos no Concelho” e – com esse fim - solicitou aos serviços “toda a informação formal sobre o processo”.
Neste contexto, o vereador avisou “que se o presidente teimar em fazer a discussão política ao mesmo tempo da discussão com o empresário, a situação será feia e que toda a responsabilidade lhe será inteiramente imputada”.
“Presidente decide e pensa sozinho comprometendo todos”
Reunião com Vasco Casanova, diretor geral p ara Portugal da Tayan Energy Investments. |
“O Presidente decide sozinho e pensa o assunto sozinho comprometendo todos”, acusou o vereador socialista que “tornou a lamentar a atitude prepotente do Presidente de Câmara que nunca em situação alguma trouxe qualquer informação concreta sobre a matéria, sendo nisso mais competente na sua página de facebook”.
António Pita afirma não ter condições para a discussão política, e escuda-se “no facto de não haver ainda qualquer decisão”, mas Tiago Malato adianta que “o que é facto é que não concede qualquer partilha de informação ou discussão prévia sobre o assunto como seria natural num Executivo Municipal. Tanto mais grave quando falamos de um investimento com dimensão nunca vista em Castelo de Vide”.
O que está em causa
Entrega do pedido de licenciamento. |
Segundo o vereador socialista Tiago Malato, o que está em causa é a dimensão financeira e material do potencial investimento, na ordem dos 126 milhões de euros, que obriga a que, no mínimo, o Município discuta os eventuais proveitos para o território. Situação que o sr. Presidente tem protelado, não dando espaço para a discussão política necessária neste òrgão”.
“Afinal, essa é a missão do sector público a que pertence: ajustar os investimentos aos interesses também dos territórios e populações que serve”.
No entender do vereador Malato, “essa não é a obrigação do empreendedor, que não tem de ser benemérito. Será natural que procure licitamente a maximização do investimento. E é no encontro entre partes que se pode conciliar a oportunidade de desenvolvimento”.
“Para se ter ideia, a central dos Tendeiros, investimento na ordem dos 6 milhões de Euros, tem sede social em Lisboa nas Amoreiras. Quanto à geração de emprego nos tendeiros todos nós sabemos o que quer dizer. Apresentada com pompa em Orçamentos Municipais, este valor nada tem a ver com o município nem sequer cá paga qualquer imposto”.
O vereador Malato já tinha solicitado ao Presidente da Câmara Municipal, em momento anterior, um “esclarecimento interno da Autarquia, para que se possa determinar uma eventual torna a negociar”, sublinhando que “estes investimentos intensivos em capital e com taxa de remuneração elevada, procuram o nosso território por este ter condições excecionais no quadro nacional. Não vem mal ao mundo se pudermos dele beneficiar diretamente algo mais do que advém da paisagem moderna”. © NCV
Sem comentários:
Enviar um comentário