29 de outubro de 2020

Ruiu parte de um pano de muralha do lado sul do Forte de S. Roque (entre o Calvário e o Largo de S. Roque)

Fotos © NCV
Na sequência das mais recentes chuvadas, nomeadamente com a passagem da depressão “Bárbara”, ruiu mais um espaço de muralha junto ao Forte de S. Roque, mais concretamente no arruamento que liga o Largo do Calvário e o Largo de S. Roque, como as imagens demonstram.
Face ao perigo de poderem ruir maiores pedaços do mesmo pano de muralha, a Câmara Municipal de Castelo de Vide imediatamente assinalou as circunstâncias e cautelarmente cortou a circulação naquela artéria, ue aliás regista pouco movimento.
Não é a primeira vez que naquele sector da muralha se registam fenómenos de ruína como este. Há cerca de uns 20 anos terá ocorrido um outro episódio destes naquela zona, cuja reconstruçao aliás ainda é claramente visível, como as fotos evidenciam.
Muralhas em processo de “reclassificação”
Recorda-se que está pendente desde 2015 um pedido formal de “reclassificação” ou de “ampliação da classificação” referente ao conjunto das muralhas abaluratadas erigidas em Castelo de Vide entre os séculos XIII a XVII.
Este procedimento foi despoletado e pretende aclarar a situação criada pelo atual Presidente da Câmara Municipal, António Pita, que sustentou e conseguiu fazer valer a sua tese de não estarem estas muralhas classificadas como Monumento Nacional, contrariando o disposto desenhado no decreto de 1910 (datado de 16.06.1910, publicado no DG, I Série, nº 136, de 23 de Junho de 1910), que se resumirá apenas ao castelo medieval, entendimento que nunca tinha sido assumido anteriormente, durante mais de um século.
Este pedido foi liderado vereador Tiago Malato e visa reverter a questão da aparente “desclassificação” do sistema de “muralhas modernas” de Castelo de Vide uma decisão considerada “inaceitável” por diversos sectores entretanto comunicada pela Direção regional de Cultura do Alentejo ao Município. © NCV

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