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O objetivo concreto é o de “personificar um personagem do tempo da Inquisição” e as inscrições estão abertas até à próxima sexta-feira, dia 26, para pessoas do sexo masculino maiores de 18 anos e residentes no concelho, junto de Rui Bengala, adjunto do Presidente da Câmara Municipal.
Como NCV em tempo noticiou, o próprio autarca já divulgou no final do passado mês de Janeiro que Carolino Tapadejo, Beatriz Filomeno e Rui Bengala já deram cara à “figuração hiper-realista” na Casa da Inquisição (vd notícia com fotos AQUI).
Os “manequins da Inquisição”
Mas na última reunião do Executivo Municipal - na passada quarta-feira dia 17 - o Presidente da Câmara Municipal foi questionado pelo vereador Tiago Malato sobre a igualdade de tratamento da população e a salvaguarda do direito de imagem neste processo do que chamou os “manequins da Inquisição”.
“Deixando para lá a discussão do gosto tétrico, talvez próprio à evocação, interrogo-me mais com a construção daquela “mise-en-céne”. Em particular sobre os conterrâneos contemplados com a imortalidade a três dimensões”, adiantou o vereador.
“Quem definiu a forma de fazer a seleção e quem convidou os participantes? Foi aberto a toda a população ou só a amigos e conhecidos? Há alguém da Póvoa? (eu vi lá o Sr. Carolino, o seu assessor Bengala, a Beatriz… quem mais estará representado?)”.
“Convidados ou voluntários?”
Considerando que “só pode ser voluntário quem tem conhecimento sobre essa possibilidade”, o vereador inquiriu: “convidados ou voluntários? Fala no plural… quem convidou? Uma terceira convocatória… a primeira e a segunda foi privada…O plural que usa é majestático! Como afirma, a decisão foi sua e apenas sua”.
Para Tiago Malato, “sendo este um investimento público, deveria ter havido o cuidado de definir critério que pudesse à partida assegurar que qualquer cidadão que manifestasse interesse em figurar, pudesse ser escolhido, talvez por sorteio”. “Sendo um investimento municipal, não devia estar refém de simpatias pessoais”.
Assegurado o direito de imagem?
Finalmente o vereador deixou a questão sobre se “foi assegurada por parte da Câmara, a cedência de direito de imagem dos imortalizados? Como? e se por quaisquer motivos, que por decoro não nomeio, quem está representado, ou sua família deixar de querer estar representado? Já agora… quanto custou cada manequim?”. © NCV
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